No Dia do Orientador Educacional, profissionais pedem reconhecimento
A Câmara Municipal de Porto Alegre homenageou, nesta segunda-feira (25/11), a Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul (Aoergs) pelo transcurso do Dia Nacional do Orientador Educacional. De acordo com a proponente da homenagem, vereadora Sofia Cavedon (PT), os orientadores têm prestado um serviço fundamental no debate da ideia de que educação não se faz de forma isolada, mas em rede.
O profissional em orientação tem o olhar voltado não só para o aluno, mas também para a família, o espaço em que vive, seu mundo psicológico e sua forma de aprender. Para a vereadora, esta é a síntese do significado de educação. A orientação é indispensável. Compreender o aluno levando em consideração o seu comportamento e a construção do currículo é uma grande responsabilidade, ressaltou a vereadora.
A escola não pode ser isolada do pensamento pedagógico, afirmou a vereadora. De acordo com Sofia, a orientação educacional organiza e proporciona aos educadores a atualização dos debates a respeito dos desafios das instituições educacionais em relação à rede de ensino e condições de trabalho. Escola e educação não se faz só entre aluno e professor, necessitamos de profissionais pedagógicos qualificados, destacou Sofia.
Conforme a diretora de Planejamento da Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul, Cláudia Figueiró Souza, o Dia Nacional do Orientador Educacional é não só uma data de celebração, mas também um dia para manter a chama da luta pela valorização. Nossa luta é pelo reconhecimento de pais, de alunos e de comunidades escolares sobre a relevância do nosso trabalho junto à equipe pedagógica das escolas. É um dia de alegria, mas de fé em dias melhores., afirmou a diretora.
Se a escola não precisa de orientadores, por que as instituições privadas continuam nos contratando? Por que nossa presença não pode ser estendida a todas as camadas da sociedade? Por que um aluno de classe baixa que pertence a uma escola pública não pode contar com orientação profissional em sua escola? Este serviço é restrito somente a uma parcela privilegiada da sociedade? É um custo alto para o governo? Somos um artigo de luxo? Teremos espaço na escola pública, podemos confiar em dias melhores para a orientação? Estes são os questionamentos no exercício do nosso trabalho., ponderou Cláudia.
Para Cláudia, a data é também para relembrar as tradicionais bandeiras dos profissionais da orientação. Lutamos pela realização de concursos públicos estaduais e municipais e pela presença de, no mínimo, um orientador em cada escola. De acordo com ela, a luta por um salário digno para os profissionais não se refere ao piso, mas a um salário suficiente para manter e investir na qualificação. A manutenção de critérios para vagas de orientação é outra preocupação da categoria, é um grande prejuízo para a sociedade que pessoas despreparadas estejam exercendo funções que pertencem a profissionais qualificados. A diretora também pediu aposentadoria especial para os orientadores. Nosso trabalho é tão cansativo quanto o dos professores. Se eles têm direito, também queremos que ele seja estendido a nossa prática.
Cláudia Souza acredita que a orientação educacional aproxima a escola da comunidade, trabalha com o diálogo com o aluno, mas não se restringe ao aluno. "A orientação é um processo social que se inicia na escola e mobiliza os educadores, a família e a comunidade, ressaltou Cláudia. Nós discutimos problemas atuais e contribuímos para a consciência crítica, visamos sempre à construção de uma educação de qualidade. Estamos aqui para pedir mais reconhecimento do poder público com nossa profissão, pois escola de qualidade tem orientador educacional.
Na tribuna, o vereador Bernardino Vendruscolo (PROS) comentou o desrespeito por parte de muitos pais de alunos em relação aos professores. Quero fazer o registro da minha indignação com esse comportamento, destacou. Para o vereador, os pais devem entender as dificuldades dos professores e procurar compreender que o comportamento dos filhos pode ser diferente na escola. Também estiveram presentes na homenagem a diretora de Finanças da entidade, Edácia Garcia Andrade, a diretora de Formação, Andréa Valer, e a diretora de Publicação, Aline Arlasher.
Texto: Thamiriz Amado (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
O profissional em orientação tem o olhar voltado não só para o aluno, mas também para a família, o espaço em que vive, seu mundo psicológico e sua forma de aprender. Para a vereadora, esta é a síntese do significado de educação. A orientação é indispensável. Compreender o aluno levando em consideração o seu comportamento e a construção do currículo é uma grande responsabilidade, ressaltou a vereadora.
A escola não pode ser isolada do pensamento pedagógico, afirmou a vereadora. De acordo com Sofia, a orientação educacional organiza e proporciona aos educadores a atualização dos debates a respeito dos desafios das instituições educacionais em relação à rede de ensino e condições de trabalho. Escola e educação não se faz só entre aluno e professor, necessitamos de profissionais pedagógicos qualificados, destacou Sofia.
Conforme a diretora de Planejamento da Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul, Cláudia Figueiró Souza, o Dia Nacional do Orientador Educacional é não só uma data de celebração, mas também um dia para manter a chama da luta pela valorização. Nossa luta é pelo reconhecimento de pais, de alunos e de comunidades escolares sobre a relevância do nosso trabalho junto à equipe pedagógica das escolas. É um dia de alegria, mas de fé em dias melhores., afirmou a diretora.
Se a escola não precisa de orientadores, por que as instituições privadas continuam nos contratando? Por que nossa presença não pode ser estendida a todas as camadas da sociedade? Por que um aluno de classe baixa que pertence a uma escola pública não pode contar com orientação profissional em sua escola? Este serviço é restrito somente a uma parcela privilegiada da sociedade? É um custo alto para o governo? Somos um artigo de luxo? Teremos espaço na escola pública, podemos confiar em dias melhores para a orientação? Estes são os questionamentos no exercício do nosso trabalho., ponderou Cláudia.
Para Cláudia, a data é também para relembrar as tradicionais bandeiras dos profissionais da orientação. Lutamos pela realização de concursos públicos estaduais e municipais e pela presença de, no mínimo, um orientador em cada escola. De acordo com ela, a luta por um salário digno para os profissionais não se refere ao piso, mas a um salário suficiente para manter e investir na qualificação. A manutenção de critérios para vagas de orientação é outra preocupação da categoria, é um grande prejuízo para a sociedade que pessoas despreparadas estejam exercendo funções que pertencem a profissionais qualificados. A diretora também pediu aposentadoria especial para os orientadores. Nosso trabalho é tão cansativo quanto o dos professores. Se eles têm direito, também queremos que ele seja estendido a nossa prática.
Cláudia Souza acredita que a orientação educacional aproxima a escola da comunidade, trabalha com o diálogo com o aluno, mas não se restringe ao aluno. "A orientação é um processo social que se inicia na escola e mobiliza os educadores, a família e a comunidade, ressaltou Cláudia. Nós discutimos problemas atuais e contribuímos para a consciência crítica, visamos sempre à construção de uma educação de qualidade. Estamos aqui para pedir mais reconhecimento do poder público com nossa profissão, pois escola de qualidade tem orientador educacional.
Na tribuna, o vereador Bernardino Vendruscolo (PROS) comentou o desrespeito por parte de muitos pais de alunos em relação aos professores. Quero fazer o registro da minha indignação com esse comportamento, destacou. Para o vereador, os pais devem entender as dificuldades dos professores e procurar compreender que o comportamento dos filhos pode ser diferente na escola. Também estiveram presentes na homenagem a diretora de Finanças da entidade, Edácia Garcia Andrade, a diretora de Formação, Andréa Valer, e a diretora de Publicação, Aline Arlasher.
Texto: Thamiriz Amado (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)