Plenário

Comunicações e Grande Expediente

Nos períodos de Comunicações e de Grande Expediente da sessão de hoje (28/5), os vereadores abordaram os seguintes temas:

COSMAM - Thiago Duarte (PDT) criticou a atuação do presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), Carlos Todeschini (PT), no episódio envolvendo denúncias de irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde. Segundo Thiago, a ação de Todeschini, de marcar reuniões extraordinárias da comissão sem a anuência da maioria dos vereadores, fere o Regimento, macula a imagem da Câmara e constrange seus colegas. "A Cosmam não é extensão do gabinete de Todeschini e os outros vereadores não são funcionários dele." (MAM)

AMBIENTE - Beto Moesch (PP) defendeu o conceito de construções sustentáveis, tema de disussão em evento do qual participou em Brasília. Conforme ele, construções sustentáveis são aquelas que aproveitam o que já existe na cidade. "Exemplo mais recente foi o prédio do INSS da Borges, que foi recuperado e destinado a habitações populares. Ou seja, não se precisou desmatar nada, nem fazer nova rede de esgoto." Beto acrescentou que, na cidade, O Centro e o 4º Distrito estão clamando para serem reaproveitados. (MAM)

AZUIS - Bernardino Vesdruscolo (PMDB) defendeu projeto que protocolou proibindo que fiscais de trânsito fiquem escondidos com radares para multar carros trafegando acima do limite de velocidade permitido. "Não sou contra multar quem descumpre as leis, mas não se pode aceitar que coloquem um aparelho escondido e fiquem o dia inteiro multando motoristas." Para Vendruscolo, a simples presença de um azulzinho já educa. "Sinto-me envergonhado em ver uma autoridade de trânsito escondida fazendo seu trabalho." (MAM)

PALHAÇADA - Alceu Brasinha (PTB) criticou o jornalista Alexandre Sacomory pelas críticas desferidas contra ele. "Esse jornalista pega no pé de todo mundo", lamentou. "Acho que nem jornalista é, senão não faria tanta palhaçada." Brasinha também voltou a criticar o Carrefour, que, na sua opinião, prejudica o pequeno comércio na Capital. Anunciou que sempre defenderá os pequenos comerciantes e não os grandes. "Tem uns vereadores que defendem os bancos", afirmou, citando como exemplo o vereador João Carlos Nedel (PP). Brasinha ainda defendeu projeto de sua autoria que prevê a redução do ISS para as micro e pequenas empresas. (CB)

SAÚDE - Carlos Todeschini (PT) rebateu pronunciamento de Dr. Thiago Duarte (PDT) acerca da reunião extraordinária da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) ocorrida no dia 19 de maio para avaliar as suspeitas de irregularidades contra a Secretaria Municipal da Saúde. Todeschini garantiu que a convocação para a participação na reunião foi feita no dia 15 de maio, portanto com antecedência, e que todos os vereadores da Cosmam a receberam. Segundo ele, não é legítimo o vereador justificar sua ausência na reunião à falta de divulgação da mesma. Conforme Todeschini, Dr. Thiago seria mais zeloso com as questões da saúde se assinasse o requerimento para criação de CPI para investigar as suspeitas. (CB)

CRACK - DJ Cassiá (PTB) elogiou a campanha deflagrada pela RBS contra a epidemia de crack. O vereador lembrou que a sociedade de Porto Alegre está "perdendo a guerra" contra as drogas, cujo uso tem raiz e é alimentado pelas desigualdades sociais. DJ deu como exemplo a precária situação da Vila Chocolatão, que, de acordo com ele, está isolada, há longos anos, por prédios federais luxuosos, "feitos de mármore e dotados de tapetes vermelhos". DJ Cassiá lembrou que a miséria e a falta de oportunidades favorecem o assédio dos criminosos e traficantes sobre os jovens e crianças. Na sua opinião, não haverá solução se os pobres e a periferia continuarem esquecidos, sem acesso à cultura e à educação de qualidade. (CB)

CRACK II –  Na opinião  do vereador Dr. Raul (PMDB), o foco inicial do consumo do crack é na população mais carente. As crianças passam os dias soltas nas ruas sem atividades. Para ele é fundamental que se  realize o programa de planejamento familiar. “As crianças que estão soltas no mundo são fruto da falta de planejamento familiar”, argumentou. A Comissão de Saúde da Câmara de Porto Alegre tem tomado iniciativas, mas ainda falta muito. Dr. Raul lembrou também que o grupo RBS agora resolveu tomar a peito a questão do crack. “É uma potência que entra em todos os lares de todas as camadas sociais”, disse. (RT)

CRACK III – Dr. Thiago (PDT) concordou com o vereador Dr. Raul (PMDB). "O crack está matando", disse o vereador. "Os dependentes em surto se envolvem em roubos para comprar a droga e, assim como os que não tem dinheiro para pagar as dívidas com traficantes, acabam morrendo." Para ele, o planejamento familiar está na essência dos problemas da sociedade, e todas as alternativas devem ser aceitas. Essa é a maneira que possibilitará a um casal escolher quantos filhos terão. O Legislativo tenta algumas soluções para esses casos, mas, segundo ele, são poucas. (RT)

CRACK IV – Emerson Corrêa (PPS) acha importante que os vereadores se preocupem com a epidemia do crack. Um problema, segundo ele, que atinge todas as camadas da sociedade. Conforme Corrêa, esta epidemia está destruindo estruturas familiares e, há bem pouco tempo, Porto Alegre não conhecia esta droga. Na sua opinião, a Câmara deveria tomar atitudes mais convincentes para acabar logo com o tráfico e o consumo do crack. Uma solução, afirmou, seria a inclusão social através da cultura e do esporte para as crianças e a qualificação profissional para os adolescentes que ficam soltos nas ruas. Uma proposta seria as escolas de turno integral ocupando e profissionalizando os que hoje passam soltos se drogando, argumentou. (RT)

Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)