Discursos de Grande Expediente e de Comunicações
Os vereadores da Capital falaram nesta quinta-feira (9/11) sobre os seguintes assuntos:
CONDENAÇÃO I Maria Celeste (PT) sugeriu moção de repúdio contra a condenação do professor e escritor Emir Sader pela Justiça. Para a vereadora, a sentença é inédita e descabida, tendo resultado em pena de prisão e de emprego conquistado por concurso público, como docente na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nos cabe refletir e indagar para além da liberdade de expressão, disse, sobre a decisão, que teve origem em comentário considerado racista por Sader, feito pelo senador Jorge Bonhausen (PFL) em relação ao Partido dos Trabalhadores. (AB)
CONDENAÇÃO II Claudio Sebenelo afirmou que, pessoalmente, acha um horror pessoas terem direito de pensar e serem condenadas por isso. Prestou sua solidariedade a Emir Sader, salientando, contudo, que a mesma decisão foi tomada pelo Partido dos Trabalhadores em relação a jornalistas gaúchos. Citou, como exemplo, correspondência que o então prefeito Raul Pont teria encaminhado à Rede Bandeirantes solicitando a demissão de três profissionais que falavam mal de sua administração. Isso ocorria, segundo Sebenelo, em função dos investimentos massivos em publicidade naquele veículo. (AB)
TROVA - Margarete Morais (PT) comentou projeto de sua autoria que autoriza o Executivo a instituir o Programa Trova no Lotação. Explicou que a sugestão partiu da União Brasileira de Trovadores, com mais de 200 filiados no RS, que deseja conquistar espaço semelhante ao criado para os poemas nos ônibus na capital. É um projeto tão simples, tão singelo, exclamou a vereadora, lamentando a manifestação de óbice, em duas oportunidades, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. (AB)
RIDÍCULO - Mário Fraga (PDT) convidou a população porto-alegrense para a Festa do Ridículo, que acontece no próximo sábado na capital. O evento, que está em sua 27ª edição, reunirá em torno de 12 mil pessoas, na Praia do Leblon, em Ipanema. O pedetista também parabenizou a Prefeitura pela inauguração do viaduto da Teresópolis, na III Perimetral, e a retomada do projeto sócio-ambiental. (AB)
PERIMETRAL I - Carlos Todeschini (PT) contestou declarações do secretário municipal de Obras e Viação (Smov), que culpou a administração anterior pelo atraso nas obras da III Perimetral, concluídas ontem. O vereador afirmou que a obra do viaduto Teresópolis, última etapa da Perimetral, não foi concluída no prazo inicial porque o atual governo atrasou os pagamentos à construtora responsável. Os funcionários da empreiteira chegaram a entrar em greve por falta de salário. Disse ainda que recebeu denúncia de que a Secretaria Municipal da Fazenda está retendo verbas enviadas pelo governo federal para pagamento de 300 professores que participam do ProJovem. (MM)
PERIMETRAL II - Cassiá Carpes (PTB) contestou as acusações de Carlos Todeschini (PT) de que o viaduto Teresópolis atrasou por causa do governo Fogaça. Lembrou que o governo atual herdou uma dívida de R$ 175 milhões da administração do PT, o que bloqueou repasses de verbas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para as obras da III Perimetral. Só na Smov, onde fui secretário, havia dívidas de R$ 19 milhões. Disse, porém, que o importante é que o governo Fogaça conseguiu equilibrar as finanças municipais, renegociou com o BID e obteve os recursos necessários para finalizar a obra. (MM)
CAINGANGUES - Ervino Besson (PDT) destacou os eventos que estarão ocorrendo na Zona Sul, neste final de semana. Entre eles a Festa do Ridículo, em Belém Novo, e abertura da Festa do Pêssego, na Vila Nova. Lamentou o conflito existente entre índios caingangues que ocupam o Morro do Osso e comunidade e lembrou que aquela área foi doada à prefeitura para preservação ambiental. "Temo que esse conflito se agrave. Respeito os índios, mas o Morro do Osso pertence a eles e a toda comunidade", disse Besson. (CS)
BUSH - Manuela d"Ávila (PCdoB) explicou que seu afastamento temporário, quando fez pedido de licença para tratamento de assuntos particulares, não gerou ônus para a Casa. Manuela também destacou a derrota do governo republicano de George Bush nas eleições parlamentares norte-americanas. Para ela, Bush promoveu guerras "sem justificativas cabíveis" contra o mundo árabe, em busca do petróleo e da manutenção do império norte-americano. "O povo norte-americano disse não à guerra do Iraque e à tentativa dos EUA de impor seu império ao mundo." (CS)
Marco Marocco (reg. prof. 6062)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Andréia Bueno (reg. prof. 8148)