Discursos de Lideranças
Os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos em tempo de Liderança na sessão desta quinta-feira (8/6):
ROMPIMENTO João Antonio Dib (PP) reafirmou o rompimento de relações com a líder do governo municipal na Câmara, Clênia Maranhão (PPS), e com o prefeito municipal, José Fogaça. Segundo ele, o Executivo tinha de ter dado, na data-base de 2006, reposição salarial aos servidores correspondente ao IPCA de 2005 e não considerou esse índice. Dib voltou a pedir a substituição dos vereadores integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. De acordo com ele, seis dos sete parlamentares da CCJ negaram-se a sequer analisar requerimento de sua autoria que pede a sustação dos efeitos do decreto do prefeito sobre a reposição. (CB)
BADERNA João Bosco Vaz (PDT) comentou artigo intitulado O país da baderna, assinado pelo jornalista Clóvis Rossi e publicado na edição desta quinta-feira (8/6) no jornal O Sul. Para ele, o texto retrata com perfeição a esculhambação que o Brasil está vivendo, numa situação com a qual não é possível compactuar. Bosco solicitou que o conteúdo da coluna seja incluído nos anais da Câmara Municipal, para fins de registro histórico. (AB)
SEGURANÇA Cassiá Carpes (PTB) tratou das reclamações envolvendo a segurança pública em todo o país. Lembrou de pesquisa que aponta o tema como a principal preocupação dos brasileiros, seguida de desemprego e problemas na área da saúde. Não existe segurança onde União, estados e municípios pensam de forma diferente, assinalou o petebista, defendendo parcerias entre as três esferas de governo. Conforme Cassiá, o aparelhamento da Guarda Municipal está entre as medidas adotadas em nível municipal para o melhor enfrentamento da questão. (AB)
SUPREMO A lei que deve definir o processo eleitoral é a lei de quem sobe em caixotes, de quem come poeira e daqueles que pedem votos. Ao fazer essa afirmação, Ibsen Pinheiro (PMDB) disse que o Congresso Nacional foi duplamente assaltado na terça-feira. Para o vereador, além da ação considerada deplorável e protagonizada pelo movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), também o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) invadiu prerrogativas do Legislativo ao determinar normas para as eleições de outubro. Quem deu competência ao TSE para decidir isso? (HP)
MOVIMENTOS Cláudio Sebenelo (PSDB) afirmou que após o ocorrido em Brasília na terça-feira, o Partido dos Trabalhadores estaria procurando desligar sua imagem dos movimentos sociais. Primeiro, enfogueiraram. Agora, surge esse desacoplamento do PT. Para o vereador, o Congresso Nacional passou a ser repentinamente vítima: É mais um momento triste da história da política nacional. Sebenelo disse ainda que a invasão foi feita no Legislativo apenas por ser este um poder desarmado. O endereço correto para essa invasão seria o Executivo. (HP)
CONTEXTO Maristela Maffei (PSB) lamentou que críticas feitas aos acontecimentos de Brasília na terça-feira não considerem o contexto social do país. Esse é um momento para politizar e não de diminuir apenas para o fato. A vereadora afirmou ainda permanecer junto aos movimentos sociais. O PSB é contra o que ocorreu, mas não contra os movimentos, salientou. Para Maristela, críticas ouvidas ajudam a revelar a posição de cada um: O que é bom, é que as pessoas tiram a carapuça. (HP)
LULA - José Ismael Heinen (PFL) responsabilizou o governo federal e o presidente Lula pela invasão à Câmara. Para ele, a atitude destes grupos ou movimentos é inconcebível. O governo Lula é responsável pela atitude porque financia estes grupos, que utilizam táticas de guerrilha. Basta ver que a invasão foi planejada com 30 dias de antecedência. O vereador disse que não é possível compactuar com esta reforma agrária, onde pessoas estão recebendo para fazer baderna. Criticou o governo por distribuir mal os recursos federais e deu como exemplo a redução de verbas para a segurança. (AC)
ALIANÇAS -Clênia Maranhão (PPS) fez referência ao tema levantado no Legislativo sobre a verticalização e a democracia. Observou que a democracia ainda é recente, mas tem sofrido muitas agressões seja por atos ou decretos inconstitucionais, seja pela invasão ao Congresso Nacional e que hoje o Brasil amanheceu mais entristecido com a verticalização imposta. Salientou que a medida não corresponde à expectativa dos militantes e dos seus representantes. A democracia precisa ser respeitada nas suas características. O Brasil é um país plural, de multiplicidade, acrescentou. (VBM)
VERTICALIZAÇÃO - Manuela dÁvila (PCdoB) disse que considera verdadeira a oposição à verticalização, que foi imposta, mas que o argumento que o Brasil é um país da multiplicidade não pode servir para a falta de coerência política. Observou que o PCdoB sempre foi contra a verticalização. Destacou que o que é necessário ser feito é uma reforma política, que contemple as características regionais, mas que mantenha os partidos nacionais. Sou contra a perpetuação das desculpas na política onde são feitas justificativas para atitudes tomadas em outras regiões, acrescentou. (VBM)
SEGURANÇA - Sofia Cavedon (PT) criticou o debate levantado na Casa sobre a segurança pública. Culpou o governo do Estado pelo que classificou de incompetência e omissão. Disse que a violência está invadindo as escolas sem que algo esteja sendo feito pelo Estado ou pelo município. Os alunos estão sofrendo violência diariamente. É a crônica da morte anunciada, sem qualquer tipo de ação. Afirmou, ainda, que de cada R$ 1,00 investido em segurança pública no Estado, R$ 0,63 são provenientes do governo federal, o mesmo acontecendo em relação à compra de viaturas, à Escola da Guarda e aos equipamentos para os telecentros. (VBM)
IMPUNIDADE Ervino Besson (PDT) classificou de revoltante os episódios ocorridos recentemente em Brasília. Disse que não é contra a reforma agrária e observou que a única reforma agrária realizada no Estado foi a do ex-governador Leonel Brizola. Criticou o MST que, que segundo ele, criou filiais como a Via Campesina e o Movimento de Libertação dos Sem-Terra, e as invasões a propriedades. Disse que isso só acontece porque os participantes do movimento se baseiam na impunidade. Se alguém achar que esses fatos são uma luta democrática, nós estamos voltando à Idade da Pedra, concluiu. (VBM)
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Alexandre Costa (reg. prof. 7587)