Lideranças
No período de Lideranças da sessão desta quinta-feira (13/12), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:
CPMF Maristela Maffei (PCdoB) disse não concordar com a derrota da prorrogação da CPFM, em votação ocorrida no Senado, na madrugada desta quinta-feira (13/12). Para ela os burgueses não tem ideologia e se iludem com tal atitude. "A questão da luta de classes sempre esteve presente e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca saiu do poder". O resultado de ontem, segundo a vereadora, foi conseguido por pessoas que votam com o governo mas não são governo. (RT)
CPMF II Haroldo de Souza (PMDB) lembrou que quando o ex-ministro Adib Jatene propôs a criação da CPMF, foi para um fim específico. "Era para sanar as necessidades que a saúde do país tinha. Mas, sofreu vários desvios", disse. "O PT, que na época era oposição, afirmava que a CPMF era mais um imposto para lesar o povo brasileiro". Agora que é governo, como afirmou Haroldo, passou a defender veementemente a arrecadação de tributos: "E diz que foi traído". (RT)
CPMF III - Para José Ismael Heinen (DEM), o Congresso deu seu grito de independência ao rejeitar a prorrogação da CPMF. "Os senadores resistiram aos maiores assédios para forçar a aprovação do imposto", afirmou. O vereador disse que, ao contrário do alegado pelo governo Lula, a população ganhará os R$ 40 bilhões que seriam descontados por conta da CPMF. Conforme Heinen, o fim do imposto terá, a partir de 1º de janeiro, o significado de um aumento de salário, gerando riqueza para o país. "Agora o Brasil deverá discutir um novo pacto federativo, para diminuir a carga tributária que prejudica a nação". (CB)
ASSÉDIO - Adeli Sell (PT) manifestou solidariedade com os funcionários e técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) "pelas grosserias e a forma como são tratados pelo secretário Beto Moesch". Segundo o vereador, trata-se de assédio moral. "Isso é crime, e ele pagará", afirmou. Adeli disse que já comunicou o problema ao prefeito. O vereador também criticou o governo municipal por alegar falta de verbas até para instalar um computador no Posto do Programa de Saúde da Família da Vila Panorama e por rejeitar emendas da oposição ao Orçamento. "Enquanto isso, aprova emendas carimbadas da situação e gasta dinheiro com publicidade." (CB)
RESPOSTA - João Dib (PP) rebateu as acusações de Adeli Sell (PT) ao secretário Beto Moesch e aos gastos com publicidade do governo municipal e garantiu que as obras citadas pela prefeitura são mesmo suas. "Adeli esqueceu do Cidade Viva, que passava na TV, no rádio e em jornais - alguns de fora da cidade", lembrou. Dib recordou dos aumentos de verbas para publicidade pelo ex-prefeito Tarso Genro e de uma lei criada pelo ex-vereador Divo do Canto, de isenção da taxa de lixo para aposentados e pensionistas, divulgada como iniciativa do Executivo municipal durante a gestão de um dos prefeitos do PT. (CB)
RECURSOS - Cláudio Sebenelo (PSDB) lembrou que o dinheiro que o Governo Federal destina ao Rio Grande do Sul não pertence ao Lula, como defendem alguns vereadores, mas ao povo brasileiro. O vereador garantiu que muitos recursos da União estão sendo bem aplicados na Capital como no término das obras do Conduto Álvaro Chavez e no tratamento de esgoto cloacal. Mais de 75% do esgoto da cidade está tratado, elogiou. Em contrapartida, o vereador lamentou os recursos que foram retirados da saúde do País, nesta quarta-feira. A CPMF era a única forma de resgatar uma saúde digna neste país, argumentou. (ES)
AVANÇOS - Mário Fraga (PDT) reiterou existirem duas bancadas na Câmara Municipal: uma da cidade que existe (em referência aos vereadores da base do governo) e outra da cidade que não existe (aos vereadores de oposição). Segundo ele, Porto Alegre tem avançado em diversos setores. A Fasc tem feito um grande trabalho para cuidar dos meninos de rua e a EPTC está conseguindo sinalizar todas as ruas na Zona Sul da Capital. Fraga destacou também que o governo Fogaça vai inaugurar cerca de 19 creches e mais de 4 mil casas populares no final do mandato. (ES)
CPMF - Dr. Goulart (PTB) demonstrou revolta em relação à votação que deu fim à CPMF no Brasil, na noite desta quarta-feira (13/12). É uma pena que disputas políticas estejam no comando das ações dos homens como resultado de uma teia de interesses. Neste jogo, a saúde do povo brasileiro sai perdendo, criticou. Segundo ele, a contribuição provisória, que traria mais de R$ 40 bilhões para os cofres da saúde, serão jogados fora. Num país onde a saúde é absolutamente gratuita e referência mundial, fica a preocupação de que rumo o País tomará no futuro, alertou. (ES)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)