Lideranças
Os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas nos tempos de Liderança da sessão desta segunda-feira (10/5):
INSISTÊNCIA - João Dib (PP) disse que a oposição insiste em tentar envolver o ex-prefeito José Fogaça em todos os problemas da Capital. Conforme Dib, os colegas da oposição pedem a CPI da Saúde, mas todos receberam documentação que elucida dúvidas sobre as denúncias contra o Sollus, distribuída na Câmara pelo Sindisaúde em 17 de setembro de 2009. Dib ainda garantiu que o prejuízo causado pelo Sollus não é de R$ 9,6 milhões, mas de R$ 5.418.735,02. O montante, segundo o vereador, é menor do que o presidente Lula deixou de mandar para a saúde da Capital: R$ 335 milhões. "É isso que faltou para a saúde e mesmo assim não seria suficiente; o Congresso teria de aprovar a Emenda 29". (CB)
BURLA - Mauro Pinheiro (PDT) manifestou preocupação com o projeto da rede Walt Mart que prevê a construção do Sam"s Club, uma unidade comercial de 8.500 metros quadrados na Avenida Cavalhada. De acordo com o vereador, o Walt Mart alega que não se trata de um supermercado, mas de um clube de vendas em atacado. "É uma forma de burlar a lei que proíbe a construção de supermercados com mais de 2.500 metros quadrados naquela região", acusou. Segundo ele, esse tipo de estabelecimento também vende em varejo. "Precisamos ficar atentos", pediu. "O comércio local sofrerá muitas consequências." O vereador anunciou que pediu à CCj uma audiência para avaliar o caso. (CB)
ATACADOS - Luiz Braz (PSDB) lembrou que tramita na Câmara projeto de sua autoria "com objetivo de sanar o mal" citado pelo vereador Mauro Pinheiro (PT), proibindo a construção também de atacados com mais de 2.500 metros quadrados na região central da cidade. "Esse tipo de loja do Walt Mart vem para tentar burlar a lei atual", frisou. "Já havíamos solucionado o problema com o varejo, mas agora tentam burlar com o atacado." O vereador ainda indagou por que seu projeto ainda não chegou ao plenário nem para a Discussão Preliminar de Pauta. "Acho que com esse projeto mataríamos o problema", declarou. (CB)
CORRUPÇÃO - João Bosco Vaz (PDT) perguntou aos vereadores por que ninguém da oposição comentou o caso do secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., flagrado em conversas com o chinês "que é o maior contrabandista do país". Bosco lembrou que o secretário foi pego pedindo à Polícia Federal que um genro fosse aprovado em concurso e a liberação de uma deputada do PDT que tentava viajar para o Exterior com mais dólares do que o permitido. "Pergunto: o comportamento do secretário é culpa do Lula e do ex-ministro Tarso?", indagou. "Não é culpa deles, mas, se eu fosse leviano, diria que tudo o que acontece é culpa do Lula, como fazem com o ex-prefeito José Fogaça." (CB)
LIDERANÇA Dr Raul (PMDB) informou ao Plenário que assume a liderança do PMDB na Casa, e afirmou sua satisfação de falar nesta condição em razão da trajetória política dele. Agradeço aos meus colegas vereadores, tanto da situação como da oposição, pela parceria para construir o melhor para Porto Alegre, disse Dr. Raul. O vereador também elogiou o senador Pedro Simon pela passagem de seus 50 anos de vida pública, e que este caminho lhe ajudou a colocar na condição de líder. Também citou e elogiou os integrantes da bancada peemedebista na Câmara. Agradeço a todos que de algum modo participaram da minha vida pública, e que queremos continuar a contribuir na área da saúde, argumenta. (LO)
BARES Elias Vidal (PPS) fez esclarecimento acerca de projeto de sua autoria que teve a votação adiada nesta tarde, referente ao horário de funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes que servem bebidas alcoólicas na capital. Todo proponente tem esperança de ver seu projeto aprovado. Eu tenho esperança, embora distante, pois acredito no meu projeto, disse Vidal. A intenção da proposta, segundo o vereador, é preservar o sono de quem reside próximo a esses estabelecimentos. Vidal lembra que quem não consegue dormir não rende no dia seguinte. (CK)
OP Aldacir Oliboni (PT) disse estar preocupado com a situação de total descrédito das decisões tomadas pela população nas reuniões do Orçamento Participativo (OP) para Porto Alegre. Nos últimos tempos o OP teve esvaziamento dos plenários e temos muitas demandas não atendidas, disse, lembrando que o que é decidido pela população nas reuniões do OP representa uma parte mínima do orçamento da cidade. A comunidade está indignada e com razão, me somo a ela na indignação. (CK)
OP II João Antônio Dib (PP) disse não acreditar que, durante os 16 anos de governos do PT na prefeitura de Porto Alegre, todas as demandas do OP tenham sido atendidas. O prefeito Fogaça atendeu várias demandas do OP que não haviam sido atendidas pelo PT, disse Dib, afirmando ainda que durante os governos anteriores, houve desestruturação da Secretaria de Planejamento da capital. (CK)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Carla Kunze (reg. prof. 13515)