Sessão Ordinária / Lideranças, Comunicações e Grande Expediente
No período destinado às comunicações, Lideranças e Grande Expediente da Câmara Municipal de Porto Alegre, realizado durante a sessão plenária desta segunda-feira (3/8), os vereadores abordaram os seguintes temas:
DESCULPAS - Cláudio Janta (SDD) pediu desculpas em nome do seu partido a todo o povo gaúcho, principalmente aos servidores estaduais. "Nosso partido, no segundo turno, foi a todas as cidades pedir votos ao governador Ivo Sartori, mas em nenhum momento imaginamos que ele iria cortar os salários dos servidores". O vereador criticou a falta de organização do atual do governo e afirmou que o Estado não deveria ter dado aumento para categorias que já ganham, segundo ele, o suficiente para se manter. "É com muita tristeza que subo a esta tribuna pedir para que o povo nos desculpe por esta medida desumana que o governo tomou", disse. (JD)
OPÇÕES - Jussara Cony (PCdoB) leu na tribuna uma nota do seu partido em que afirma que o governo gaúcho está fazendo terrorismo com o funcionalismo público. "Qual o projeto econômico do governador José Ivo Sartori para o estado do Rio Grande do Sul?", questionou. A vereadora lembrou de todas as categorias que estão sendo atingidas pelos cortes nos salários e disse que o estado gaúcho precisa do trabalho delas nas ruas, como a Brigada Militar. Jussara Cony disse que o governo poderia enfrentar a crise de outras formas e que o seu partido entregou diversas opções para a Secretaria da Fazenda. Uma delas remete ao combate à sonegação de impostos. "Que o Estado busque alternativas aos cortes de salários, pois os servidores públicos não podem ser tratados desta maneira", concluiu. (JD)
SOLIDARIEDADE - Tarcíso Flecha Negra (PSD) citou o período de chuvas que deixou muitas famílias desabrigadas na Capital. "Estas pessoas que lutam diariamente para ter seu lar, com o mínimo de conforto, perderam tudo." Flecha Negra parabenizou ainda o grande número de envolvidos que se solidarizaram com a situação. "Muitas doações foram recebidas. Acredito que, se todos se mobilizassem, teríamos um mundo melhor. Agradeço, mais uma vez, àqueles que tiveram um grande coração naquele momento." (CPA)
CORAÇÃO - Ex-secretário de Saúde do município, Carlos Casartelli (PTB) utilizou seu tempo de liderança para expor o projeto Coração no Ritmo Certo, da Prefeitura de Porto
Alegre. A iniciativa consiste em oferecer treinamento para que pessoas sem vínculo com a área da saúde saibam atuar na reanimação cardiorrespiratória. No Brasil, cerca de 250 mil pessoas morrem por parada cardíaca a cada ano e 80% dos casos acontecem longe de centros de saúde, daí a necessidade de capacitação dos leigos. "O procedimento é simples. Se a pessoa está respirando, basta ligar para a Samu e aguardar o atendimento. Se não está, é o momento para realizar a massagem cardíaca", explicou. (CV)
VOTAÇÕES Cássio Trogildo (PTB) realizou uma revisão dos principais debates da Câmara ao longo do primeiro semestre de 2015 e antecipou alguns dos temas que serão discutidos no restante do ano. O vereador destacou votações como a do Plano Municipal de Educação, o controle do Orçamento municipal, que também passa pelo Orçamento Participativo, entre outros temas. Num futuro próximo, depois de ter tramitado em comissão especial presidida por ele próprio, Trogildo imagina que a retomada da zona rural em Porto Alegre será um relevante projeto. "Permitiremos o surgimento de criadouros de animais nas devidas condições, incentivando o desenvolvimento da cidade", afirmou. (CV)
PROJETOS Cláudio Janta (SDD) recordou aquilo que fez na primeira metade do ano. O vereador destacou projetos como o que cria normas que auxiliam na prevenção de enchentes, bem como o dispositivo que pode determinar que toda a frota de ônibus de Porto Alegre conte com internet Wi-Fi. "Também apresentamos um projeto que proíbe as aulas de direção nas grandes ruas e avenidas nos horários de pico, assim não tumultuamos ainda mais a cidade", sustentou. Afora isso, o sindicalista reforçou seu compromisso com os trabalhadores e criticou medidas do governo Dilma Rousseff que prejudicam este segmento, como o aumento na conta de luz. (CV)
MASSACRE - Fernanda Melchionna (PSOL) comentou aquilo que chama de "massacre" contra o funcionalismo público. Para ela, ao terem seus salários parcelados pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB), os trabalhadores do executivo municipal vivem um momento grave. Fernanda prega que os efeitos da crise econômica não podem recair sobre os funcionários públicos. Diante desse cenário, ela aponta como alternativa a auditoria da dívida pública do estado. "Não é hora de pagar a dívida, que só serve aos banqueiros e grandes empresários". (CV)
RESPONSABILIDADES - Idenir Cecchim (PMDB) disse que é preciso apurar todas as responsabilidades pela crise que assola o Estado. Para ele, o governador Sartori não pode ser responsabilizado pelo rombo nas contas estaduais. "Isso vem de longe. Ninguém quer tirar direito adquirido, mas um coronel da BM aposentado com 47 anos não é possível. A lei que permite isso está errada." Cecchim acrescentou que hoje é um dia de reflexão: "São 11 milhões de gaúchos contribuindo para pagar alguns apaniguados." (MAM)
QUEBRADEIRA - Reginaldo Pujol (DEM) acusou o governo federal de ter quebrado o país e de estar levando junto estados e municípios. Observou que a crise na qual o PT e os partidos aliados mergulharam o Brasil se reflete na arrecadação. "A receita federal caiu 3,5% no primeiro semestre. Isso significa menos repasses a estados e municípios." A responsabilidade pelo quadro negativo do país é de quem está no governo federal. Não é campanha golpista, mas eles sabem que não têm mais credibilidade para continuar no poder." (MAM)
COVARDE - Alberto Kopittke (PT) chamou o governador José Ivo Sartori de covarde por se esconder diante da crise do Estado. "É um covarde, o pior que há. Pode-se falar de Yeda (Crusius), mas ela dava a cara no debate. Sartori não aparece, se esconde, é uma vergonha na história do RS. Se acovarda na hora que mais precisamos de um líder." Para Kopittke, a estratégia deste governo é criar o terror para poder privatizar o Banrisul e a Corsan. "Este é um projeto do PMDB de Simon e de Britto, o mesmo PMDB que quer a prefeitura de Porto Alegre com Sebastião Melo." (MAM)
DERROCADA - Jussara Cony (PCdoB) disse que "estamos vendo o processo de derrocada" do Estado por conta da falta de projetos do governo Sartori. "Sartori disse na campanha que não sabia o que fazer e está cumprindo. Mas não é fazendo terrorismo com os servidores, aumentando impostos e privatizando que vai resolver." Cony questionou por que o PMDB de Sartori não apoia, por exemplo, o fim das aposentadorias para os ex-governadores. "O partido dele não é mais o Rio Grande, é contra o Rio Grande. Estamos vivendo um retrocesso." (MAM)
COMISSÃO ESPECIAL Kevin Krieger (PP) disse que conversou com alguns vereadores da base e oposição que lhe comentaram sobre reportagem, publicada no Jornal Zero Hora, a respeito do sistema de acolhimento na Capital. Penso que a matéria é muito dura. Apesar das corretas denúncias de problemas nos abrigos do estado e município, em nenhum momento fala-se do trabalho sério que existe dentro desses locais. Certamente não conhecem o sistema que se tinha e o que se tem, relatou. Conforme Krieger, a matéria fez com que os vereadores tivessem a ideia de instalar uma comissão especial para debater sobre o assunto. Já protocolei requerimento para que através dessa comissão façamos uma discussão técnica e não politizada. Esse tema é sério, concluiu. (LV)
Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Lisie Venegas (reg. prof. 13.688)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)