Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na foto: Presidente da CMPA vereador Cassio Trogildo e vereadores Bernardino Vendruscolo e Tarciso Flecha Negra
Vereadores em Plenário na sessão desta quarta (Foto: Josiele Silva/CMPA)

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (14/12), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores discutiram os seguintes temas nos períodos de Lideranças partidárias e grande expediente:

LEISHMANIOSE - Rodrigo Maroni (PR) falou sobre a leishmaniose, doença infecciosa que atinge também animais, em um caso específico que previa eutanásia a um cão infectado que vivia em um abrigo. “O Conselho Veterinário se manifestou nessa direção, e foi uma luta muito árdua retirá-lo do caminho desse calabouço”, declarou. Segundo Maroni, o animal foi poupado a partir da obtenção de um outro local para sua estadia. “Isso me envergonha bastante, ao ver uma animal que possui tratamento ser colocado em uma situação assim”, disse. De acordo com o vereador, o objetivo é mudar as decisões nesses casos. “Que a regra seja alterada e que  nunca mais um animal tenha esse desfecho”, concluiu. (PE)

IPTU - Sofia Cavedon defendeu o pagamento antecipado do IPTU, oferecendo desconto para a população. O desconto para quem paga ate o dia 2 de janeiro é perfeitamente legal. É um direito legítimo pagar antecipado. Se não tivesse o desconto, estaríamos prejudicando uma população que recebe este desconto há 28 anos. A Câmara Municipal está de parabéns por esta batalha contra o término do desconto do IPTU. O prefeito Marchezan está inconformado com o desconto do IPTU. Esperamos também que a Assembleia tenha postura para debater os debates públicos", disse Sofia. (JC)

GOLPE - Jussara Cony (PCdoB) voltou a criticar os fatos políticos ocorridos em Brasília, chamando de golpe o impeachment da ex-presidente Dilma. "Parabenizamos os municipários, que estão unidos e mobilizados e isso é muito importante nesta luta que teremos pela frente. A greve é a mais elevada forma de luta dos trabalhadores. Nós estamos vivendo um dos momentos mais tristes do país, o fim da democracia, pela qual tantos lutaram e tantos morreram. Nós do PCdoB resistiremos, assim como resistimos em 1964. Tenho o maior orgulho de ter nascido em uma família comunista. Em momento nenhum o nosso partido apoiou um golpe", disse.

PACOTE - Valter Nagelstein (PMDB) defendeu o pacote do governo Sartori: "O ex-governador Tarso Genro governou o Rio Grande do Sul como se não houvesse amanhã, dando aumento como se houvesse uma árvore de dinheiro. Nós pagamos a maior carga tributário do mundo para bancar alguns segmentos classistas. É triste que não se tenha para pagar o 13º, mas se não tem de onde tirar o dinheiro, o que vamos fazer? Existem 33 mil servidores em Porto Alegre, temos como manter isso? Precisamos rever tudo isso, incluindo os privilégios do judiciário e também de grandes empresas e envolver todos, inclusive alguns partidos que patrocinam setores classistas, quando o Estado deve na verdade fornecer educação, saúde e segurança", afirmou. (JC)

MÁQUINA – Dr. Thiago (DEM) disse ser favorável ao relatório do deputado Ônix a favor das dez medidas contra a corrupção. “O pacote de medidas que está ocorrendo no Brasil afora revela que diversos estados tiveram ao longo dos anos situações de corrupção. As administrações estão carcomidas”, afirmou. O parlamentar ressaltou que seu partido concorda com alguns projetos indicados pelo governador, mas critica outros. “Sobre o município, acha que precisa efetivamente modificar sua forma de gerir os recursos humanos e diminuir a máquina, hoje com 28 secretarias e dez departamentos. É necessário cortar os CCs, a PMPA precisa fazer esse esforço coletivo, sem precarizar serviços, especialmente na área da saúde”, concluiu. (LV)

DÍVIDA - Professor Alex (Psol) destacou que a lógica que está se impondo é a necessidade iminente de cortes no Brasil, estado e município. “A PEC 241 vai destroçar as verbas para educação e saúde, tudo obra do governo do senhor Temer, que esta promovendo o congelamento em prol da manutenção do pagamento dos juros da dívida pública, que ninguém sabe ao certo a quantas anda”, declarou ao afirmar que seu partido propõe  imediata auditoria cidadã da dívida pública. “Ela é legal? Os juros aplicados em cima dela estão corretos?”, questionou. Sobre a situação do estado, o vereador disse que o governador Sartori propõe uma idiotice: a extinção de fundações. “O estado não tem estrutura para pesquisa e Sartori terá que gastar muito dinheiro com assessoria técnica. A má gestão, falta de bom senso e falta de inteligência operam em nosso Brasil, prejudicando o nosso futuro”, finalizou. (LV)

ESTADO - Valter Nagelstein (PMDB) lembrou que o vereador Professor Alex chamou o governador Sartori de idiota. “Fiz questão de buscar no dicionário o significado de idiota, que explica ser uma pessoa que carece de inteligência, tola ou estúpida. Ora, quando alguém expõe seu desconhecimento de tal forma, como fez o colega vereador, supõe-se que ela própria esteja se enquadrando nesse adjetivo”, comparou. Sobre a necessidade das dívidas serem auditadas, Nagelstein concordou e afirmou que as mesmas começaram no governo que antecedeu Sartori. “O último governo foi do PT. Será que Tarso não fez a auditoria dessa dívida? As ferramentas mais elementares da economia ensinam que os juros aumentam à medida que a dívida aumenta. Essa é a regra, assim gira essa roda. Quanto mais os governos gastam em pessoal e custeio, e infelizmente no Brasil os governos não fazem investimento, mais ele precisa tomar da sociedade em impostos. Se estamos ganhando menos do que gastamos, a lógica deve ser invertida”, defendeu. O parlamentar ainda ponderou sobre o pacote de medidas proposto por Sartori. “Se para o estado se equilibrar financeiramente é necessário rever a existência de fundações e empresas governamentais, por exemplo as de pesquisas, por que não conveniar com universidades e faculdades de economia, sem ter que permanecer mantendo estruturas enormes, quando necessidades básicas como hospitais e viaturas de polícia inexistem ou estão aquém das necessidades da população. Para que o estado tem que ter uma gráfica a sua disposição?”, afirmou. (LV)

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
          Jonathan Colla (Reg prof. 18352)
          Lisie Venegas (Reg. Prof. 13688)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)