Sessão Ordinária / Lideranças
Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (7/12), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:
PREVIDÊNCIA - Cláudio Janta (SD) comentou a reforma da Previdência proposta pelo governo federal, a qual o vereador criticou veementemente. “O Governo Federal quer escravizar o cidadão brasileiro, tirar o direito adquirido do trabalhador. Querem puni-los, culpá-los pela crise”, declarou Janta, que questionou o fato do governo não enfrentar quem ganha grandes salários. “A previdência é a maior empresa do mundo. Provavelmente essa crise se deve a roubos, super-salários e má gestão”, afirmou. O vereador também defendeu o imposto sobre grandes fortunas, já que “quem sempre paga a conta é a pequena e média empresa”. Por fim, Janta fez um apelo para que o Judiciário tome uma atitude com relação à reforma: “Querem que o trabalhador morra trabalhando. Não vamos aceitar isso”. (AZ)
GUERREIRINHO - Rodrigo Maroni (PR) usou seu tempo de liderança partidária para falar sobre o cachorro Guerreirinho, que está há um ano e três meses doente e está correndo risco de ir para eutanásia, mesmo havendo tratamento para a doença: “Há como garantir a vida desse animal, ainda mais quando não se tem registro de transmissões”, declarou. Maroni afirmou que fará uma campanha pela vida do cão e por um lar para ele. Por fim, questionou o Conselho Regional de Medicina Veterinária por cobrar caro por vacinas e outros tratamentos: “Além de amedrontar a população, isso estimula as pessoas a pagarem muito para tratar o seu bichinho”. (AZ)
RESPOSTA - Sofia Cavedon (PT) subiu à tribuna para responder as declarações feitas por Valter Nagelstein (PMDB), que comentou que os regimes socialistas fracassaram porque as pessoas não podiam competir. “Quero lembrá-lo que o capitalismo também faliu, pois não podemos achar que o sistema é vencedor quando permite que milhões de pessoas estejam na miséria e na fome enquanto 1% da população possui quase toda a riqueza mundial.” Sofia Cavedon também explanou sobre a proposta de reforma da Previdência, afirmando que, se a idade mínima para a aposentadoria for de 65 anos, “vamos morrer trabalhando”, especialmente as pessoas pobres que começam a trabalhar a partir dos 12 ou 14 anos de idade. “São 50 anos trabalhando. É um crime o que estão fazendo com o povo brasileiro.” (CM)
CRÍTICAS - Adeli Sell (PT) fez críticas ao ritmo do Governo Municipal que encerra o seu mandato em 31 de dezembro. Se dirigindo aos vereadores da base governista da Casa, alertou: "O ano ainda não terminou. Estamos levando demandas para as secretarias, e elas não estão sendo atendidas. Durante o período eleitoral, muitos secretários, diretores e CCs tiraram férias. Precisamos continuidade e, como oposição democrática e fiscalizadora, vamos seguir acompanhando as necessidades da cidade também neste próximo governo que vai se iniciar. (JC)
PLANEJAMENTO - Segundo Dr Thiago Duarte (DEM), umas das políticas públicas que mais precisa melhorar no governo de Porto Alegre é a de apoio ao planejamento familiar. "Estamos preocupados com o serviço público prestado em Porto Alegre. Um exemplo é o DMLU, que vai ficar sem assistência devido a estes contratos que estão sendo extintos com a Cotravipa. Vamos iniciar um novo ano sem estes serviços." Segundo ele, a falta de políticas de planejamento familiar no município e preocupante. "As mulheres, os casais e as famílias precisam definir quantos filhos vão querer ter. A Prefeitura Municipal precisa oferecer os métodos anticoncepcionais de maior eficácia e de maior efetividade", defendeu. (JC)
EDUCAÇÃO - Professor Alex Fraga (PSOL) falou sobre a desvalorização da educação nas últimas décadas no Brasil. "Estamos preocupados com os rumos da política neste país. O governo ataca o direito dos trabalhadores. A educação no país está totalmente desvalorizada. Os profissionais de educação também estão sendo desvalorizados. Não existe respeito nem por parte dos alunos nem da sociedade. Os professores que antes eram considerados autoridades agora são considerados meros serviçais. A educação é investimento e não um produto comercial", lamentou Alex Fraga. (JC)
Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Jonathan Colla (Reg. 18352)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)