Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Presidente da CMPA vereador Cassio Trogildo na tribuna.
    Presidente Cassio Trogildo (PTB) rebateu nota do Simers (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Vereador Paulo Brum na tribuna.
    Vereador Paulo Brum (PTB) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

No período destinado às Lideranças partidárias, na sessão ordinária desta quinta-feira (16/3), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores comentaram sobre os seguintes temas:

CENTRO - Adeli Sell (PT) subiu à tribuna para falar sobre a atual situação do centro de Porto Alegre, pois a cada dia ele é acionado pela população para resolver algum problema. De acordo com o vereador, nos locais de maior movimentação é preciso pedir licença aos vendedores ambulantes para conseguir andar nas calçadas e não há espaço para cadeirantes e cegos passarem. “O que está acontecendo com a nossa cidade? Não bastava mudar o governo e tudo seria resolvido? Não, não foi.” Adeli ainda criticou a falta de policiamento e de organização do Corpo de Bombeiros. “Estamos em uma terra de ninguém. As coisas precisam começar a funcionar na cidade”, disse ao reiterar que irá lutar para que isso aconteça. (CM)

PREVIDÊNCIA - Felipe Camozzato (Novo) falou sobre a reforma da previdência, afirmando que esse assunto deveria ser discutido sem ideologia partidária porque é uma questão demográfica e matemática. “A previdência como está hoje é uma fraude.” O vereador acredita que a reforma proposta pelo governo de Michel Temer “não é a solução e que apenas corrigiria algumas situações”. Ele defende que a única reforma útil é deixar o trabalhador cuidar do seu próprio dinheiro e que é necessário acabar com o problema de repartidão, que faz com que quem está ativo trabalhe para pagar os aposentados. Conforme os dados expostos por Camozzato, atualmente 5,5 trabalhadores contribuem para pagar uma aposentadoria e, em 2060, haverá 1,43 ativos para cada um aposentado. Nessa cronologia, “ou ativos vão ter que pagar muito mais ou os inativos irão receber menos”, expôs. (CM)

SEGURANÇA - Tarciso Flecha Negra (PSD) comentou sobre a insegurança enfrentada por pais e alunos na entrada e saída das escolas da cidade. Ele elogiou a ação do Executivo, que delegou policiais para fazerem a segurança do Colégio Estadual Engenheiro Ildo Meneghetti (Restinga), assaltada mais de 14 vezes neste ano. “A Prefeitura finalmente reforçou a segurança, garantindo mais tranquilidade para a comunidade”, pois os pais estavam preocupados por deixar seus filhos no local. Segundo ele, há várias medidas de segurança que podem ser adotadas, mas o mais importante é envolver a equipe escolar e a população na discussão. “As necessidades básicas dos alunos precisam ser preservadas. Nós vamos fiscalizar e cobrar para que as crianças tenham uma educação digna”, salientou. (CM)

ACESSIBILIDADE - Paulo Brum (PTB) denunciou as condições enfrentadas pelas 26 crianças que possuem deficiência física e mental, síndrome de Down e autismo na Escola Municipal de Ensino Fundamental Jean Piaget, localizada no Parque dos Maias. O vereador visitou a instituição no dia 16 de fevereiro e comprovou que há tendência de acidentes no local, pois as aulas são ministradas no 1º andar e os acessos são apenas por escadarias. Além disso, o prédio possui um vão livre, que serve para ventilação e iluminação do andar, com grades muito baixas, possibilitando quedas. Por isso em 7 de março, Brum participou de uma audiência com os pais, professores, alunos e o secretário municipal de Educação, Adriano Naves de Brito. Na ocasião, a escola entregou um orçamento para a instalação de uma rede de proteção, em torno do vão livre, no valor de R$ 3,4 mil, e não obteve resposta do Executivo. Por fim, o vereador pediu ajuda aos colegas da Casa para resolver a situação. (CM)

EDUCAÇÃO - Fernanda Melchionna (PSOL) cumprimentou o pronunciamento do colega Paulo Brum (PTB) e a atenção das bancadas da Câmara à educação de Porto Alegre. “Temos visto a mobilização dos professores e trabalhadores para tentar garantir o diálogo e o respeito à organização das escolas”, disse. A vereadora propôs a realização de uma reunião na próxima quarta-feira (22/03), às 18h45, na Câmara Municipal, com a presença do secretário de Educação. “Serão convidados também a comunidade escolar, os conselhos, Atempa e sindicato, para haver um contraponto na discussão”, disse. De acordo com Fernanda, o Legislativo deve garantir a mediação do debate. “Queremos a revogação do decreto e a construção de uma alternativa que garanta educação de qualidade e o direito dos trabalhadores”, completou. (PE)

ESCLARECIMENTO - Em tempo de presidência, Cassio Trogildo (PTB) refutou a informação publicada em um apedido do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), em que uma das pautas da assembleia seria o “parcelamento dos salários aprovado pela Câmara Municipal”. “Enviamos um ofício ao sindicato por que entendemos que, quando há uma publicação com uma informação que não é verdadeira, precisamos nos manifestar institucionalmente”, afirmou. Na sequência, o presidente da Câmara leu o documento enviado, com esclarecimentos realizados em nome do Legislativo. No documento, Trogildo esclarece que não houve nenhuma autorização de parcelamento de salários e sim a apreciação do veto de um projeto anteriormente aprovado, que previa a proibição do parcelamento. “A Câmara decidiu manter o veto por razões constitucionais, mas não houve qualquer proposta modificação no pagamento dos salários”, esclareceu, dizendo esperar uma retratação do Simers pelo ocorrido. (PE)

ESCLARECIMENTO II - Mônica Leal (PP) cumprimentou o presidente da Casa pela explanação e, na mesma linha, apresentou uma nota oficial da bancada do Partido Progressista, também contrapondo a afirmação de que a Câmara teria autorizado o parcelamento salarial, como consta na publicação do Simers. “Desde a aprovação do projeto, a bancada progressista manifestou-se contrária, entendendo que a matéria seria de atribuição exclusiva do prefeito, razão pela qual o projeto foi vetado”, declarou, lendo o documento. A vereadora destacou também que nenhum gestor público parcela a remuneração dos servidores “por vontade própria” e que “a desinformação faz mal à verdade”. (PE) 

PREVIDÊNCIA II - Em tempo de oposição, Sofia Cavedon (PT) iniciou elogiando a manifestação do presidente Cassio Trogildo (PTB). Após, falou sobre a reforma da previdência proposta pelo Governo Federal. “A solução não é determinar que o povo brasileiro não tenha mais tempo livre ao chegar à terceira idade, como se está propondo”, afirmou. Segundo a vereadora, há “muitas injustiças apresentadas como solução para um suposto déficit na Previdência”. “A Previdência não está quebrada, e vários estudos demonstram isso. Ela integra o sistema de seguridade social, de onde saem todas as receitas de assistência social”, explicou a vereadora. Sofia também criticou as mudanças propostas ao sistema de educação do município. “Só se faz educação de qualidade com construção coletiva e com mudanças através de um processo dialogado”, completou. (PE)

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
           Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)