Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

Movimentação de Plenário. Na foto, a vereadora Comandante Nádia.
Vereadora Comandante Nádia (PMDB) (Foto: Henrique Ferreira Bregão)

Durante o período destinado às Comunicações e às Lideranças, na sessão ordinária desta quinta-feira (26/6), os vereadores trataram dos seguintes temas:

POLICIAL - Comandante Nádia (PMDB) lamentou a morte do escrivão da polícia civil Rodrigo Wilsen da Silveira, morto na última sexta-feira (23/6), em frente a mulher, que também é policial, durante uma operação contra o tráfico de drogas em Gravataí. “Ele morreu no pleno exercício de suas funções. Quando alguém da polícia é morto, todos são atingidos”, declarou. A vereadora criticou duramente o sistema judiciário brasileiro que possibilita a prisão domiciliar ou em regime semiaberto a condenados de homicídio, como o responsável por desferir os tiros que mataram o escrivão. “Até quando um assassino estará se diferenciando de nós apenas por uma tornozeleira?”, questionou. "Isso acontece como se fosse algo normal e a sociedade assiste com a mais profunda sensação de impotência e fraqueza”, encerrou. (CM)

POLICIAL II -Dr. Goulart (PTB), seguindo a mesma linha de raciocínio apresentado pela vereadora Comandante Nádia (PMDB), disse estar indignado com a morte do policial Rodrigo Wilsen da Silveira e com as notícias sobre violência que tem visto nos jornais ultimamente. “Um monte de barbaridades acontecendo com a comunidade brasileira e as pessoas vão cumprir em casa as suas penas, ancorados na explicação de que estão sendo reinseridos na sociedade”, afirmou, atacando as possibilidades de condenados por homicídio cumprirem suas penas em prisão domiciliar ou em regime semiaberto. “O que fizeram estas pessoas? Mataram outras”. Goulart também criticou a progressão da pena dizendo que “é o mesmo que liberdade e impunidade”. (CM)

RETROSPECTIVA - Cassiá Carpes (PP) fez uma retrospectiva sobre os projetos do Executivo enviados à Câmara e falou sobre a necessidade do estabelecimento de uma agenda positiva para a cidade. O vereador citou algumas iniciativas, como a que desobrigava a recomposição da inflação e o aumento da alíquota do Previmpa. “Hoje temos uma notícia boa: um projeto que dispõe sobre o aporte em imóveis para amortização do déficit atuarial do Previmpa”, expôs. Cassiá também abordou a apreciação do veto do prefeito ao projeto que dispõe sobre o teto salarial e a possível mudança no regime de trabalho na Procempa. “Ela se tornou cabide de empregos para muitos governos”, lamentou. (PE)

MIMIMI – Mauro Zacher (PDT) criticou a inércia do governo para resolver o problema dos buracos nas vias da cidade. “Depois de seis meses, o governo deve saber quais são seus desafios”, afirmou. Zacher disse ainda que, na administração pública, os recursos são sempre escassos. “Gostaria eu de assumir a Secretaria de Obras com R$ 100 milhões para asfaltar, recapar e revitalizar as vias da cidade”, declarou ele. O vereador ainda disse que o “mimimi” do governo deve acabar. “Temos compreensão da crise e estamos abertos ao debate, mas o governo precisa ter capacidade de gestão e contar com pessoas experientes para enfrentar o momento difícil”, completou Zacher. (PE)

TETO – Dr. Thiago (DEM) iniciou solicitando que a direção da Fasc atenda suas solicitações. “Estamos tentando contato há duas semanas para falar sobre os trabalhadores, que estão sem receber há cinco meses”, reclamou o vereador, cogitando fazer um pedido oficial de reunião. Thiago também falou sobre o veto do prefeito Nelson Marchezan Jr. ao projeto que estabelece um novo teto aos servidores municipais. “Nossa posição é de garantir direito a todos, e se o veto não for derrubado, teremos uma idiossincrasia injusta no município”, afirmou. De acordo com ele, a manutenção do veto geraria um retrocesso nos direitos dos servidores. “Isso não deve ser vendido como aumento de salário, pois não o é”, finalizou. (PE)

TETO II - Sofia Cavedon (PT) falou sobre a posição de seu partido no que tange ao salário dos servidores. “Temos uma posição histórica e entendemos que no funcionalismo é necessária uma tabela salarial horizontal”, declarou. Sofia defendeu que “todos tenham um salário digno, respeitadas as carreiras”. “Somos contrários ao aumento da alíquota do Previmpa e ao arrocho promovido pelo governo”, salientou. Ainda em seu tempo, a vereadora relatou que um tiroteio foi registrado próximo à Escola Municipal Carlos Pessoa de Brum, na Restinga. “Os trabalhadores estão vivendo um momento dramático, com assédio do prefeito e tendo que lidar com essa crise na segurança”, assinalou. (PE)

VIOLÊNCIA - Fernanda Melchionna (PSOL) considerou "lamentáveis" as cenas de violência que teriam sido protagonizadas por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), na quinta-feira passada, contra municipários que faziam mobilização no Paço Municipal. A vereadora criticou a postura do prefeito Nelson Marchezan Júnior, que recebeu integrantes do MBL momentos após a ocorrência das agressões a servidores. Segundo ela, Marchezan teria feito piadas e ataques verbais contra servidores e jornalistas que cobriam os episódios. Fernanda também se solidarizou com a jornalista Vitória Famer, da Rádio Guaíba, que teria sido vítima de postagens de "haters", nas redes sociais, pela cobertura jornalística que a repórter fez no momento das agressões ocorridas em frente à prefeitura. "O prefeito Marchezan tem ligação orgânica com esses grupos protofascistas." (CS)

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           Paulo Egídio (estagiário de Jornalismo)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)