Sessão Ordinária / Lideranças

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (70/11), nos tempos destinados às Lideranças partidárias, os vereadores da Câmara Municipal trataram sobre os seguintes assuntos:

UBER - João Carlos Nedel (PP) criticou a adoção do pagamento em dinheiro por parte do aplicativo de transporte individual Uber. “Depois de todo o trabalho e discussão do projeto nesta Casa, a empresa tenta mudar as condições, aceitando dinheiro em espécie para o pagamento do serviço”, destacou. De acordo com o vereador, a medida trará mais insegurança aos motoristas e usuários. “Os condutores e as pessoas ficam muito mais seguras quanto a possíveis assaltos”, justificou Nedel, lembrando que o texto final ainda não foi sancionado pelo Executivo. “A direção da Uber deve respeitar as condições estabelecidas na Câmara e também seus motoristas”, finalizou. (PE)

GEOPOLÍTICA - Adeli Sell (PT) manifestou-se sobre a conjuntura política mundial e o resultado das eleições nos Estados Unidos. “A posição belicista do governo eleito atingirá os países do hemisfério sul, assim como qualquer rusga de cunho político ou ideológico pode afetar profundamente a economia brasileira”, expôs Adeli, citando o futuro governo de Donald Trump. O parlamentar falou também sobre o crescimento do que chamou de “onda de direita”. “Imaginem se a senhora Le Penn ganhar as eleições na França? E se na Alemanha vencer uma dessas facções neonazistas? O que será de nós?”, questionou. Por fim, ele ainda criticou o sistema de isenções de IPTU vigente em Porto Alegre. (PE)

ACESSIBILIDADE - Tarciso Flecha Negra (PSD) falou sobre a manutenção do Legislativo ao veto total do Executivo a seu projeto de lei que tratava sobre sinalização de calçadas com piso tátil. “Tivemos 18 votos. Faltou apenas um para que derrubássemos o veto, o que infelizmente não aconteceu”, lamentou o parlamentar. Segundo ele, há uma incoerência entre o discurso e a prática. “Nós pregamos tanto uma cidade para todos, e, principalmente nas metrópoles, isso não se materializa” afirmou, dizendo que a ideia da proposta seria de estabelecer igualdade no direito e ir e vir para pessoas com deficiência. Por fim, Tarciso garantiu que apresentará a proposição novamente na próxima legislatura. (PE)

GOLPE - Engenheiro Comassetto (PT) condenou o que chamou de “golpe” que excluiria o Partido dos Trabalhadores da direção da Câmara na próxima legislatura. “A afirmação histórica constituída nessa Casa é a representação, na direção e no processo participativo, de todos os partidos, e um pequeno grupo quer dar um golpe e excluir nossa bancada da direção da casa””, afirmou. Segundo o parlamentar, a Câmara pode “entrar para as páginas da corrupção”. “Querem que todas as direções sejam de um único partido em um único ano, o que acaba com o processo de identidade democrática e a fiscalização”, justificou. Por fim, Comassetto disse que a política só funciona quando os acordos são cumpridos. (PE)

PAPA - Jussara Cony (PCdoB) ressaltou a manifestação do papa Francisco no Encontro de Movimentos Populares. “Existem forças poderosas, diz o papa, que podem neutralizar as mudanças. Essa estrutura injusta pode consolidar-se e transformar-se em um chicote para abater a todos como o gado até onde quer o dinheiro divinizado”. Afirmou que essa fala é de uma grandeza e de uma humanidade. “Quem governa? O dinheiro. Quanta dor e quanto medo. É essa dor e esse medo que pode aplacar a luta dos povos.” A vereadora também abordou a eleição de Trump nos Estados Unidos. “São tempos sombrios”. E fez uma analogia com a situação política brasileira, convocando a todos para as manifestações marcadas para o dia 11 de novembro. (MM)

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
           Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)