Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

No período de Lideranças da Sessão Plenária de hoje (24/11), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:

SÍNDROME - João Dib (PP) registrou sua tristeza com declarações à imprensa da presidente da Casa, vereadora Sofia Cavedon (PT), que teria insinuado que o furto de um computador da sala de comissões da Câmara poderia ter motivação política. Na sala, um dia antes, houve reunião da Cece sobre denúncias envolvendo o Instituto Ronaldinho. "Tudo o que ocorreu na reunião ficou registrado nos servidores da Casa, e não no PC furtado, além das notas da taquigrafia. As declarações da presidente demonstram a síndrome da CPI e desmerecem a Casa." (MAM)

TRANQUILO - DJ Cassiá (PTB) disse que não vê motivos para o nervosismo demonstrado por alguns vereadores em torno do furto do PC numa sala de comissões da Câmara. "A documentação apresentada pelos representantes do Instituto Ronaldinho está com a Casa e vários vereadores têm cópias do material." Cassiá estranhou que na segunda-feira, quando houve um furto no restaurante da Casa, não houve comunicação à imprensa sobre o fato. (MAM)
 
TRANSPARENTE - Professor Garcia (PMDB) disse que todos os atos da Cece, comissão que está analisando denúncias contra o Instituto Ronaldinho e que é presidida por ele, são transparentes. "A população e qualquer vereador pode ter acesso aos documentos obtidos pela comissão. Garcia disse ter ficado chateado com a presidente Sofia Cavedon (PT) insinuando que o furto do PC da sala da comissão tenha cunho político. "No passado, já roubaram na Câmara mesa de som, PCs e até selos dos gabinetes. Temos de ser prudentes na condução da Casa." (MAM)

NERVOSISMO - Mauro Pinheiro (PT) disse estranhar o nervosismo entre os vereadores da base aliada do governo. Observou que a presidente Sofia Cavedon (PT) não insinuou nada e que tal palavra foi usada pela imprensa. Pinheiro, porém, considerou uma grande coincidência que o furto tenha ocorrido justamente na sala onde houve a reunião sobre o Instituto Ronaldinho. "Se tem cunho político, não sei. Mas, como líder da oposição e autor das denúncias, não recebi até agora os documentos apresentados à reunião." (MAM)

CPI I - O vereador Tarciso Flecha Negra (PDT) disse que assinou a CPI do Instituto Ronaldinho Gaúcho (IRG) porque não gostou do que ouviu no depoimento feito pela secretária de Educação, Cleci Jurach, na Casa. “A quantidade de material comprado, segundo informado, daria para apitar 20 Copas do Mundo”, ironizou. Falou que não tem nada contra a família Assis Moreira, mas sim contra o IRG e o governo municipal, que não fiscalizou o convênio. Criticou ainda os vereadores que disseram que ele só assinou a CPI para sair na mídia. “Minha vida avaliza minha história, não preciso disso. O povo me conhece pelo meu trabalho.” (RA)

CPI II - João Antônio Dib (PP) disse que a prefeitura esta cobrando dois valores do IRG. “São cerca de R$ 800 mil, o que o IRG poderá comprovar ou não o mau uso”, falou o parlamentar. Na opinião do vereador, é preciso que primeiramente sejam analisados os documentos entregues pelo IRG à Casa. “Depois, se acharem necessário, se instala uma CPI.” Quanto ao roubo de um computador na sala onde houve os depoimentos, falou que considera que foi para venda e não tem nada a ver com a CPI. “Quem entende de computador não roubaria, pois saberia que não há nada registrado lá.” (RA)

CPI III - Na opinião do vereador Aldacir Oliboni (PT), uma das atribuições dos vereadores é fiscalizar o Executivo. “E fez muito bem a Casa quando trouxe a secretária da Educação para dar sua opinião.” Falou do convênio feito com a prefeitura para aquisição de equipamentos para o IRG. “É um convênio suspeito porque a Procempa não tem imunidade tributária, por isso pagou muito mais na compra dos equipamentos.” O parlamentar cobrou o destino dos materiais após o rompimento do contrato da prefeitura com o Instituto. “Onde foram parar 19 computadores, 260 cadeiras, 14 máquinas fotográficas, 10 filmadoras e muitos outros equipamentos?”, questionou Oliboni. (RA)

DELEGADOS - Mário Fraga (PDT) disse que a secretária da Educação Cleci Maria Jurach não esteve em seu gabinete, rebatendo a afirmação de Mauro Pinheiro (PT) de que a secretária havia visitado todos os gabinetes. Disse que tem certeza que, se precisar, a secretária da Educação Cleci virá à Câmara para prestar esclarecimentos. Também comentou a visita do delegado Wilson Müller e dos demais delegados e lembrou que a luta da categoria é antiga. Também agradeceu à secretaria municipal da Saúde pela manutenção do terceiro turno em Belém Novo e à Smam, que revitalizou duas praças do bairro. (VBM)

CPI - Luiz Braz (PSDB) disse que a CPI "é um dos nós que a Câmara precisa desatar". Afirmou que, se a CPI tivesse condições de investigar a verdade, seria o primeiro a assinar, mas que o objetivo não é o de apurar a verdade, e sim, político. Acrescentou que, na Casa, a CPI é para fazer "um festival de ideologias". Lembrou a CPI da Juventude, que, segundo ele, só deu repercussão ao relatório paralelo do vereador Mauro Pinheiro (PT). Disse que, no final, a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) trouxe um grupo de estudantes, "que encheram a Casa de desaforos", mas que não teve nenhum resultado prático. Sugeriu que o caso seja remetido ao Ministério Público. (VBM)

CONVÊNIO - Fernanda Melchionna (PSOL) disse que "alguma coisa não está cheirando bem", referindo-se ao que denominou de um estranho arrombamento ocorrido na sala onde a Cece havia realizado uma reunião sobre o Instituto Ronaldinho Gaúcho e o convênio com a Prefeitura. Observou que houve um flagrante desvio de finalidade, com notas frias, todas com o mesmo valor e em sequência, justificada como prestação de serviço. “Nunca vi jogos tão caros, totalizando quase meio milhão de reais, que não foram devolvidos aos cofres públicos”, acrescentou.(VBM)

ROUBO - Sofia Cavedon (PT) explicou aos vereadores as providências tomadas em relação ao roubo ocorrido na noite dessa quarta-feira na sala das comissões da Casa. Disse que hoje pela manhã estava em atividade externa quando recebeu diversas ligações de vereadores comentando o fato e de imediato acionou a Polícia, disponibilizando as imagens da câmaras internas. Informou que foi procurada por repórteres e que admitiu que uma das hipóteses para o furto era a de motivação política, mas que não poderia afirmar isso. Disse que apóia a CPI e anunciou sindicância para apurar porque as câmaras não estavam sendo monitoradas. (VBM)

APELO – Paulinho Rubem Berta (PPS) solicitou ao líder da oposição, Mauro Pinheiro (PT), e demais integrantes da bancada petista para que ajudem a construir a unidade de saúde na região em que atua. Conforme Paulinho, já foram destinados R$ 500 mil via governo federal para começar a obra. Existe ainda a contrapartida da prefeitura. Entretanto, a área do terreno é do governo do Estado e precisa ser desafetada de modo que a unidade de saúde possa sair do papel. Nesse aspecto, o grupo de vereadores do PT, por pertencer ao partido do governador, teria mais força política no sentido de resolver o impasse. (FCC)

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)
Fernando Cibelli de Castro (reg. prof. 6881)