Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Fachada da Câmara Municipal de Porto Alegre. Palácio Aloísio Filho.
Fachada do Palácio Aloísio Filho da Câmara Municipal de Porto Alegre (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

No período destinado às Comunicações e nos tempos de Liderança da sessão desta quarta-feira (1º/6), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:
REPÚDIO - Rodrigo Maroni (PR) manifestou o seu repúdio pela morte do gorila Harambe, no zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos, e apelou para que todos os porto-alegrenses assinem a petição contra o que considera um assassinato que circula na internet e redes sociais. O vereador entende que a discussão da questão dos animais está diretamente ligada ao debate da intolerância, cada vez maior na sociedade. Lembrou que o gorila, além de estar em uma situação de cárcere desde filhote, era de uma espécie em extinção, que, em nenhum momento, o animal apresentou risco de vida à criança e que o anestésico poderia ter sido utilizado. Por fim, defendeu a necessidade de que o hospital público de animais idealizado para Porto Alegre funcione e não seja mais uma obra de fachada e ineficiente. (MG)

TRABALHADORES - Clàudio Janta (SD) ocupou a tribuna para reafirmar que a saída da presidente Dilma Rousseff não foi um golpe, porque foi comandado por aliados que não a queriam mais à frente do governo, em um processo legitimado pelo STF, cujos ministros foram, em sua maioria, nomeados pelos governos petistas. Ressaltou que a antiga base do governo Dilma só fica trocando acusações e que o verdadeiro golpe foi dado contra os trabalhadores brasileiros. Lembrou que os trabalhadores sofrem há 13 anos, quando, a partir do fechamento dos bingos, pelo escândalo que envolveu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, muitas pessoas perderam empregos. Depois veio o Mensalão e agora o Petrolão. Falou que os governos petistas não cumpriram as pautas acordadas com as centrais sindicais, sendo a principal delas a da redução da jornada de trabalho. (MG)

PARCERIA - Bernardino Vendruscolo (PROS) manifestou que é preciso estabelecer uma grande parceria entre empregados e empregadores para tirar o Brasil da crise. Que todos estão no mesmo barco. Lembrou que a Previdência, por exemplo, nunca recebeu o que deveria na sua origem e que isso, somado às aposentadorias precoces, retira direitos dos trabalhadores. Que é preciso defender o direito da Nação como um todo, tanto de trabalhadores como de empresários. Que é preciso um sistema que impeça a sonegação de impostos e igualdade de condições, citando como exemplo as vantagens de grandes empresas para a obtenção de financiamentos do BNDES. Que as estatais devem deixar de ser comandadas por políticos e necessitam ter um olhar técnico. (MG)

CHORO - Engenheiro Comassetto (PT), afirmou que é preciso fazer uma reflexão política sobre o atual momento do país. Disse que nada melhor do que um dia após o outro para ver muitos apoiadores do golpe começarem a destilar seu choro pela traição do governo Temer. Ressaltou que ontem (31/5) a Fetag, ligada ao PSB, reivindicava contra o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Que não vê mais o público coxinha ir às ruas lutar contra a corrupção. Salientou que, depois da queda de ministros do governo ilegítimo de Temer, sumiram todos. Que esse é o debate que deve ser feito; de direitos que não podem retroceder, inclusive os dos trabalhadores. Por fim convidou a todos para que participem dos atos, com a presença da presidente afastada Dilma Rousseff, no próximo dia 3 de junho, às 16h no auditório Dante Baroni e às 18h na Esquina Democrática. (MG)

ESTUPRO - Jussara Cony (PCdoB) ressaltou que o estupro é uma das formas mais violentas de cometer um crime. “O silêncio é cúmplice dessa violência. Por isso, as vereadoras desta Casa assinaram uma Moção de Repúdio pedindo a punição dos criminosos dessa menina do Rio de Janeiro, que foi dopada e teve imagens expostas nas redes sociais”. Disse, ainda, que a imprensa e muitas pessoas tentaram transformar a vítima em ré. “Estamos numa encruzilhada entre civilização e barbárie. É neste contexto que estamos tendo um Golpe de Estado contra uma presidenta mulher que foi eleita democraticamente”, acrescentou, fazendo críticas ao governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). (MM)

CÂNCER - Dr. Goulart (PTB) lembrou a atuação dele como médico e falou sobre o câncer de colo de útero, causado pelo vírus HPV, doença que atinge um grande número de mulheres. Destacou que essa doença é a segunda causa de morte feminina e pediu apoio para uma iniciativa na Restinga para ajudar a identificar os casos entre as mulheres do bairro. (MM)

MEIO AMBIENTE - Adeli Sell (PT) falou sobre a Semana do Meio Ambiente e fez cobranças ao Executivo. “Tivemos uma tormenta em janeiro e ainda temos problemas a ser resolvidos até agora. As árvores precisam de cuidados. E temos visto um conjunto de vegetais doentes, outros caídos que continuam por aí. Faltou uma política clara. A gente não sabe quem se beneficiou daquele monte de madeira que foi retirado”. (MM)

MAIS MÉDICOS - Dr. Thiago Duarte (PDT) criticou a propaganda sobre o Mais Médicos realizada pelo PT e chamou a atenção para a necessidade de planejamento familiar: "A grávida adolescente tem um risco três vezes maior de morrer e o seu filho também sofre mais riscos. Nós temos que atuar para conscientizar sobre os perigos da gravidez indesejada na adolescência. É preciso fazer um alerta, a mortalidade infantil está crescendo em Porto Alegre. É preciso fazer também chamar a atenção sobre os 125 médicos que saíram da Prefeitura de Porto Alegre e foram substituídos por 125 médicos do Programa "Mais Médico". É preciso alertar a população sobre o eleitoreiro Programa Mais Médicos", afirmou o Dr. Thiago.

Texto: Milton Gerson (reg. prof. 6539) 
          Maurício Macedo (reg. prof. 9532)

          Jonathan Colla
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)