Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Na sessão plenária desta quarta-feira (19/9), os vereadores de Porto Alegre usaram a tribuna em tempos de Lideranças para tratar dos seguintes temas:

ENCHENTE - Engenheiro Comassetto (PT) criticou a falta de providências na limpeza de bocas-de-lobo, que em dias de chuva represam água provocando alagamentos e transtornos. Culpou a terceirização dos serviços do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), como responsável pelos alagamentos, dizendo que as empresas deixam a desejar na execução dos serviços. “As empresas recebem recursos e não estão limpando as bocas-de-lobo”, denunciou e pediu para ver os contratos do DEP com estas empresas. (FD)

CHUVARADA - Para João Dib (PP), Engenheiro Comassetto (PT) “não deve ter visto a chuva que caíu sobre Porto Alegre nos últimos dias, que foi além do normal”. Defendeu as obras realizadas na cidade e que vem sendo implantada paulatinamente. “O vereador está se esquecendo sua missão de educador para pedir à população que não jogue lixo na cidade” lastimou Dib, lamentando ainda que a tribuna vem sendo utilizada eleitoralmente por parte de alguns vereadores. (FD)

EXAGEROS - Idenir Cecchim (PMDB) entende ser um exagero o que vem sendo praticado na tribuna. “A cada chuvarada o assunto vira cinema para o vereador Comassetto”, criticou. Ironizou a utilização de uma fotografia nas redes sociais, tirada em 2003, no tempo em que o PT era governo em Porto Alegre. Disse que durante as chuvaradas dos últimos dias, muitas placas e cavaletes de vereadores foram levado pelas águas represando o escoamento, inclusive a do vereador em questão. “Ele tá ajudando a entupir as bocas-de-lobo”, concluiu. (FD)

IMPERMEABILIZAÇÃO – Beto Moesch (PP) disse que os alagamentos não são culpa de um governo, mas “da mentalidade de impermeabilizar a cidade”. Lembrou que Porto Alegre foi desmatada para dar lugar ao concreto e ao asfalto. “Por mais limpeza de bocas-de-lobo que se faça, a cidade vai alagar”, alertou. A seu ver, se a cidade continuar a ser impermeabilizada, terá de ser construído outro conduto forçado como o da Rua Álvaro Chaves. “Mas o que me indigna é ver que o mesmo vereador que culpa o governo estimula invasões em áreas que deveriam ser preservadas”, disse. “Essa demagogia precisa ter resposta; é uma incoerência.”  (CB)

AJUDA - Paulinho Rubem Berta (PPS) disse que quem culpa o governo pelos alagamentos perde a oportunidade de ajudar os atingidos pelas chuvas. Afirmou que, no Interior, também houve enxurradas, mas que nem por isso os prefeitos devem ser responsabilizados. “Qual cidade do Rio Grande do Sul não ficou alagada?”, indagou. Para Paulinho, culpar o governador Tarso Genro seria irresponsável da mesma forma. “Querer tirar vantagem política é, no mínimo, falta de ética e de respeito”, declarou. Paulinho sugeriu que a Câmara promova uma campanha de arrecadação para as famílias atingidas. (CB)

SAUDAÇÃO - Dr. Goulart (PTB) saudou o Executivo municipal, que, na sua opinião, possibilitou uma redução dos danos da chuva. “Pela chuva que caiu, era bem provável que tivessem acontecido mais desastres, mas não perdemos nenhuma vida”, disse. “E não é verdade que o DEP não trabalha bem.” Conforme Goulart, a prefeitura conseguiu tirar milhares de famílias de áreas de risco. “Hoje as famílias da Chocolatão repousam em berço quase esplêndido na Protásio Alves”, frisou. “Essa linha do discurso contrário é a mesma do abobalhado da enchente que colocou uma foto antiga de alagamento na Internet como se fosse atual”, criticou. (CB)

CAOS - Nelcir Tessaro (PSD) rebateu a informação de que a chuva dos últimos dias foi a maior dos últimos tempos. “Isso não é verdade”, enfatizou. “No Interior choveu o dobro.” Na opinião de Tessaro, a Capital virou um caos. “Ontem, às 11 da noite, fui socorrer umas pessoas”, contou. Segundo Tessaro, as famílias estavam em meio à inundação porque um arroio que corta a comunidade nunca foi limpo nos últimos oito anos. “Lamento também as vítimas do Jardim Coqueiros, mas elas não eram para estar lá desde 2008.” Para Tessaro, a prefeitura tem se preocupado somente com as obras da Copa. (CB)

CULPA - Na opinião do vereador Luiz Braz (PSDB) nenhuma cidade no mundo que tivesse recebido a quantidade de chuva como a dos últimos dias estaria sem problemas. “Culpar o prefeito neste momento é oportunismo”, disse. Braz falou que a cobrança deve ser feita nos dias normais. “Aí sim precisamos saber se os esgotos estão funcionando a pleno e coletando água se problema.” Segundo Braz, nem as cidades mais avançadas possuem estrutura para suportar as chuvas dos últimos dias. Ele destacou colegas que já estiveram à frente de secretarias e questionou: “Fizeram todo o esforço para corrigir os problemas de Porto Alegre?”. (RA)

CUIDADO - Carlos Todeschini (PT) disse que o PT não está culpando ninguém pela enxurrada dos últimos dias. “Apenas falamos da falta de cuidado com os equipamentos de drenagem pelo DEP.” Na opinião do vereador, o sistema do DEP não funciona por falta de manutenção. “Os trabalhos são contratados, pagos e não são feitos”, disse Todeschini alertando que a falta de manutenção é que causa os alagamentos em Porto Alegre. “As bocas-de-lobo e as valas não são limpas.” Ele falou ainda que o Tribunal de Contas já constatou, após inspeção no DEP, o desvio de R$ 2 milhões somente numa obra na capital. (RA)

DISCUSSÃO - Jorge Correa (PSB) disse que os vereadores deveriam evitar as discussões em plenário e pensar mais na população de Porto Alegre. “Estou aqui hoje com os votos do povo e é nele que devemos pensar e lutar pelos direitos de todos.” Na opinião do vereador, o que existe é um jogo de empurra-empurra entre os órgãos do governo. “A gente encaminha as demandas e o DEP diz que não é com ele e manda para o Dmae que diz que não é com ele também.” (RA) 

ERRADO - Para João Bosco Vaz (PDT), pelo que foi colocado pelos vereadores da oposição na Casa, hoje está tudo errado em Porto Alegre. “Segundo eles não tem nada de bom.” Bosco disse que é preciso olhar as últimas pesquisas eleitorais que mostram os 80% de aprovação do prefeito José Fortunati. Bosco falou ainda que o PT esteve 16 anos no governo municipal e fez muitas coisas boas. “Mas nunca ataquei as coisas que deixaram de fazer.” Para Bosco, a cidade maravilhosa e ideal só existiu na administração petista. “A Cidade Viva criada por eles era de brinquedo.” (RA)  

Textos: Flávio Damiani (reg prof 6180)
           Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
           Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)