Plenário

Sessão Ordinária/Lideranças

Na sessão ordinária desta quarta-feira (30/11), vereadores e vereadoras de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos no período de Lideranças:

DEFESA - Mauro Pinheiro (PT) disse que começou a entender porque a Comissão de Educação, Cultura, Esportes e da Juventude (Cece), presidida pelo vereador Professor Garcia (PMDB), bem como o vereador Idenir Cecchim (PMDB) em plenário, vem se manifestando contra a instalação de CPI sobre convênios da prefeitura com o Instituto Ronaldinho Gaúcho (IRG). "O diretor do Instituto Nacional América, que prestou serviços ao IRG, é Italgani Mendes Almeida, filiado ao PMDB", disse. Conforme Mauro, Italgani Mendes vem desrespeitando a Câmara Municipal por dizer na imprensa que não deve prestações de contas aos vereadores ou à Casa Legislativa. "Mas ele recebeu verbas públicas", lembrou Mauro. (HP)

INSTITUTO - João Antônio Dib (PP) lamentou a postura do vereador Mauro Pinheiro (PT), que falou sobre o relatório entregue pelo Instituto Ronaldinho à Casa nesta tarde. “Lamento que o vereador tenha agredido pessoas que não merecem”, disse Dib. O vereador ressaltou que, caso comprovado o desvio do dinheiro, o Instituto deverá ressarcir os cofres públicos. Dib criticou ainda Pinheiro por ter dito que falou sem ler os documentos. “Diferentemente da prefeitura, que analisou e sabe do que está falando.” Falou ainda sobre o governo Lula: “Era todo poderoso e não sabia o que estava acontecendo em seu governo”, ressaltou. "Os ministros indicados pelo ex-presidente estão caindo por supostos desvios de dinheiro.” (RA)

INSTITUTO II - Sebastião Melo (PMDB) defendeu que o Instituto Ronaldinho, caso comprovado o desvio de verba, deverá ser fiscalizado. “Esta Casa tem legitimidade em investigar porque não compactuamos com falcatruas”, considerou o vereador. Na opinião do vereador, Mauro Pinheiro (PT) não pode falar em CPI. “Seu partido foge como o diabo da cruz de CPIs.” Melo disse ainda que Pinheiro esteja mais interessado em "fazer lambança" em função das eleições de 2012 do que investigar o Instituto Ronaldinho. Melo falou também que, quando presidia a Câmara, aconselhou um colega a não dar o título de Cidadão de Porto Alegre a Assis Moreira, irmão de Ronaldinho. “Ele não é digno de receber a deferência”. (RA)

CPI - Segundo Pedro Ruas (PSOL), hoje não se consegue investigar nada no país. “Fiquei com trauma quando não consegui que investigasse a Secretaria da Saúde”, disse o parlamentar. De acordo com Ruas, havia evidências claras de fraude na pasta da saúde em Porto Alegre. “O dinheiro se foi e até hoje nada foi feito.” Falou que os representantes do Instituto Solus, envolvidos na fraude, sumiriam. “Os da empresa Reação, também envolvida, foram presos não por roubo, mas porque estavam envolvidos na morte do secretário Eliseu.” Na opinião de Ruas, os governos não querem CPIs porque temem. (RA)

INVESTIGAÇÕES - Nelcir Tessaro (PTB) disse que o PSD é um partido independente e sem nenhuma vinculação com o governo federal ou com a prefeitura de Porto Alegre. No entanto, disse que é a favor das investigações e da apuração certa sobre suspeitas de desvios de dinheiro em instituições públicas. Para Tessaro, o coordenador do programa Segundo Tempo, com ligações com o Instituto Ronaldinho, deve ser ouvido pela Comissão de Esportes da Casa para que os vereadores colham mais informações a respeito do caso. (ES)

GRUPOS - Mauro Pinheiro (PT) afirmou que a situação e o papel das ONGs no Brasil merecem um olhar mais fiscalizador dos homens públicos. Para ele, é preciso cuidado no uso de dinheiro público. "Quando me refiro ao fato do cidadão que é coordenador do programa Segundo Tempo ser ligado ao PMDB é porque não podemos esconder que ele fez parte de uma chapa partidária junto com o senador Pedro Simon e, por isso, deve ser conhecido no partido", registrou. De acordo com Pinheiro, hoje existem dois grupos na cidade: os que defendem a CPI contra o Instituto Ronaldinho e os que são a favor dele. "A imprensa está preocupada, a cidade quer apurar, mas alguns vereadores, não. Isso é inaceitável." (ES)

DENÚNCIAS - Sebastião Melo (PMDB) ressaltou que o convênio com o Instituto Ronaldinho é de responsabilidade da prefeitura, mas, se existe fraude na entidade, não é a prefeitura que deve ser investigada. "Sobre o convênio, a prefeitura já tomou as providências. Agora cabe ao Ministério Público investigar o instituto", argumentou, ao pedir mais cautela na hora dos vereadores de oposição "levantarem falácias em vão". Segundo Melo, infelizmente, a máquina pública produz um dos piores desastres, a corrupção. "Eu ainda quero ter a honra de, bem velhinho, ver que as coisas mudaram." (ES)

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Regina Andrade (rg. prof. 8423)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)