Sessão ordinária/ Lideranças
No período destinado às comunicações de Lideranças, na sessão desta quarta-feira (12/03), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:
MONITORAS I Nós não mudamos nossa posição. Se a prefeitura mantiver o veto, nós manteremos a derrubada do veto, anunciou Jussara Cony (PCdoB). De acordo com a vereadora, a volta das monitoras ao plenário da Câmara é a representação da busca por justiça. Também vim aqui para dizer que nós não aceitamos ser ameaçados, isto é uma ingerência do poder Executivo sobre o Legislativo. É uma ação inconstitucional., ressaltou. Políticas Públicas não são gasto, são investimento. As monitoras são garantia de qualidade no serviço público, ressaltou. (TA)
MONITORAS II - Ontem fomos ameaçados pelo prefeito. Ele disse que, se o veto fosse derrubado, ele entraria na Justiça, anunciou Sofia Cavedon (PT). Isto demonstra a discriminação com que são tratadas as mulheres e a educação, afirmou. Segundo a vereadora, trabalhadores de outros cargos, como a Guarda Municipal, buscaram seus direitos salariais e foram atendidos. De acordo com Sofia, existem recursos para pagar às monitoras. Pela Lei Orgânica, a educação deveria ter 30% dos impostos arrecadados pela prefeitura, mas a Smed tem usado apenas 27%, afirmou. (TA)
MONITORAS III - Cláudio Janta (SDD) ressaltou a importância de se cumprir acordos. Acordo significa harmonia, acordo entre palavras e ações, e tem que ser cumprido. Essa Casa, em dezembro, fez tudo isso ao votar essa emenda da vereadora Sofia (Cavedon). O acordo era de aumentarmos o salário das monitoras, e nós votamos., afirmou. De acordo com o vereador, pode-se ler nas notas taquigráficas que houve um acordo entre lideranças garantindo que o projeto seria aprovado. Foi aprovado por unanimidade. As monitoras viram, não havia um voto contrário. Agora a casa do povo tem que honrar o acordo com as monitoras. Precisamos derrotar o veto e conseguir um aumento digno para as monitoras , concluiu. (TA)
OBRAS - Bernardino Vendruscolo (PROS) criticou as obras da Copa. Elas são necessárias mas demoram demais, destacou. O vereador também questionou uma das obras na Avenida Praia de Belas. Segundo ele, a obra terminou, foi inaugurada e já está sendo destruída. Há uma grande quantidade de entulho lá. Alguém precisa ser responsabilizado, afirmou. Conforme Vendruscolo, as obras causam muito transtorno e atrapalham o trânsito. (TA)
EDUCAÇÃO - Engenheiro Comassetto (PT) falou sobre a importância do trabalho dos monitores para a educação em Porto Alegre. A possibilidade dos educadores terem um aumento de R$ 200 no seu salário é importante para esses trabalhadores, que atuam com toda a atenção e carinho para as crianças, disse. O vereador também afirmou não se tratar de uma questão constitucional, mas sim de melhorias para os trabalhadores. Não é um tema de oposição ou situação, é para melhorar a cidade. Porto Alegre tem que ser uma cidade que inclua, não que exclua, finalizou. (JM)
PARCERIA - Airto Ferronato (PSB) falou em nome da base do governo, respondendo a vereadora Sofia Cavedon (PT) sobre a votação da isonomia salarial dos monitores. Nós estamos discutindo um projeto de extraordinária relevância para a sociedade de Porto Alegre, disse o vereador, que ainda afirmou que a questão tem que ser resolvida com a criação de um novo projeto, feito pelos trabalhadores em parceria com os vereadores e a prefeitura. Vamos nos reunir no gabinete do prefeito, vamos elaborar um projeto de lei sem vício de origem. Vamos nos comprometer, e esse projeto será a vitória de vocês, argumentou. (JM)
COERÊNCIA - Idenir Cecchim (PMDB) apontou a falta de coerência dos discursos dos vereadores durante a sessão. Segundo Cecchim, a vereadora Sofia Cavedon (PT), quando secretária da Educação, teria engavetado o plano de carreira para auxiliar os monitores e lembrou também do governador do Estado, Tarso Genro, que não paga o piso aos professores estaduais. O vereador ainda respondeu às vaias da platéia, dizendo respeitar a manifestação dos monitores. (JM)
DIÁLOGO - Pedro Ruas (PSOL) lembrou do reajuste da tarifa feito em 2013. No dia 22 de março, o poder municipal subiu as tarifas dos ônibus e, em 4 de abril, baixou novamente. Nesse período, foi cobrado R$ 3,05, afirmou. Segundo o vereador, a diferença deveria ser devolvida aos cofres públicos e poderia ser utilizada para ações como o pagamento dos monitores. Ruas ainda abordou sobre a possível reunião entre trabalhadores e prefeitura. É possível uma conversa depois? Claro que sim, queremos o diálogo, estamos abertos, mas nós entendemos que qualquer diálogo passa pela derrubada do veto no dia de hoje, concluiu o vereador. (JM)
Textos: Thamiriz Amado (estagiária de jornalismo)
Juliana Mastrascusa (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)