Plenário

Sessão ordinária/ Lideranças

Bernardino Vendruscolo (PROS) criticou lentidão nas obras da Copa Foto: Leonardo Contursi
Bernardino Vendruscolo (PROS) criticou lentidão nas obras da Copa Foto: Leonardo Contursi
No período destinado às comunicações de Lideranças, na sessão desta quarta-feira (12/03), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

MONITORAS I – “Nós não mudamos nossa posição. Se a prefeitura mantiver o veto, nós manteremos a derrubada do veto”, anunciou Jussara Cony (PCdoB). De acordo com a vereadora, a volta das monitoras ao plenário da Câmara é a representação da busca por justiça. “Também vim aqui para dizer que nós não aceitamos ser ameaçados, isto é uma ingerência do poder Executivo sobre o Legislativo. É uma ação inconstitucional.”, ressaltou. “Políticas Públicas não são gasto, são investimento. As monitoras são garantia de qualidade no serviço público”, ressaltou. (TA)

MONITORAS II - “Ontem fomos ameaçados pelo prefeito. Ele disse que, se o veto fosse derrubado, ele entraria na Justiça”, anunciou Sofia Cavedon (PT). “Isto demonstra a discriminação com que são tratadas as mulheres e a educação”, afirmou. Segundo a vereadora, trabalhadores de outros cargos, como a Guarda Municipal, buscaram seus direitos salariais e foram atendidos. De acordo com Sofia, existem recursos para pagar às monitoras. “Pela Lei Orgânica, a educação deveria ter 30% dos impostos arrecadados pela prefeitura, mas a Smed tem usado apenas 27%”, afirmou. (TA)

MONITORAS III - Cláudio Janta  (SDD) ressaltou a importância de se cumprir acordos. “Acordo significa harmonia, acordo entre palavras e ações, e tem que ser cumprido. Essa Casa, em dezembro, fez tudo isso ao votar essa emenda da vereadora Sofia (Cavedon). O acordo era de aumentarmos o salário das monitoras, e nós votamos.”, afirmou. De acordo com o vereador, pode-se ler nas notas taquigráficas que houve um acordo entre lideranças garantindo que o projeto seria aprovado. “Foi aprovado por unanimidade. As monitoras viram, não havia um voto contrário. Agora a casa do povo tem que honrar o acordo com as monitoras. Precisamos derrotar o veto e conseguir um aumento digno para as monitoras” , concluiu. (TA)

OBRAS - Bernardino Vendruscolo (PROS) criticou as obras da Copa. “Elas são necessárias mas demoram demais”, destacou. O vereador também questionou uma das obras na Avenida Praia de Belas. Segundo ele, a obra terminou, foi inaugurada e já está sendo destruída. ”Há uma grande quantidade de entulho lá. Alguém precisa ser responsabilizado”, afirmou. Conforme Vendruscolo, as obras causam muito transtorno e atrapalham o trânsito. (TA)

EDUCAÇÃO - Engenheiro Comassetto (PT) falou sobre a importância do trabalho dos monitores para a educação em Porto Alegre. “A possibilidade dos educadores terem um aumento de R$ 200 no seu salário é importante para esses trabalhadores, que atuam com toda a atenção e carinho para as crianças”, disse. O vereador também afirmou não se tratar de uma questão constitucional, mas sim de melhorias para os trabalhadores. “Não é um tema de oposição ou situação, é para melhorar a cidade. Porto Alegre tem que ser uma cidade que inclua, não que exclua”, finalizou. (JM)
 
PARCERIA - Airto Ferronato (PSB) falou em nome da base do governo, respondendo a vereadora Sofia Cavedon (PT) sobre a votação da isonomia salarial dos monitores. “Nós estamos discutindo um projeto de extraordinária relevância para a sociedade de Porto Alegre”, disse o vereador, que ainda afirmou que a questão tem que ser resolvida com a criação de um novo projeto, feito pelos trabalhadores em parceria com os vereadores e a prefeitura. “Vamos nos reunir no gabinete do prefeito, vamos elaborar um projeto de lei sem vício de origem. Vamos nos comprometer, e esse projeto será a vitória de vocês”, argumentou. (JM)

COERÊNCIA - Idenir Cecchim (PMDB) apontou a falta de coerência dos discursos dos vereadores durante a sessão. Segundo Cecchim, a vereadora Sofia Cavedon (PT), quando secretária da Educação, teria “engavetado” o plano de carreira para auxiliar os monitores e lembrou também do governador do Estado, Tarso Genro, que não paga o piso aos professores estaduais. O vereador ainda respondeu às vaias da platéia, dizendo respeitar a manifestação dos monitores. (JM)

DIÁLOGO - Pedro Ruas (PSOL) lembrou do reajuste da tarifa feito em 2013. “No dia 22 de março, o poder municipal subiu as tarifas dos ônibus e, em 4 de abril, baixou novamente. Nesse período, foi cobrado R$ 3,05”, afirmou. Segundo o vereador, a diferença deveria ser devolvida aos cofres públicos e poderia ser utilizada para ações como o pagamento dos monitores. Ruas ainda abordou sobre a possível reunião entre trabalhadores e prefeitura. “É possível uma conversa depois? Claro que sim, queremos o diálogo, estamos abertos, mas nós entendemos que qualquer diálogo passa pela derrubada do veto no dia de hoje”, concluiu o vereador. (JM)

Textos: Thamiriz Amado (estagiária de jornalismo)
            Juliana Mastrascusa (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)