Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Grande Expediente

Plenário Otávio Rocha
Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Na sessão ordinária desta segunda-feira (3/7), na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras abordaram as seguintes questões, no período de comunicações de Lideranças e de Grande Expediente:

PAUTAS – “Quem anda pela cidade e não fica enfurnado no Facebook vê a cidade real.” Ao fazer esta afirmação, Adeli Sell (PT), falando pela liderança de oposição, lamentou que no Campo da Tuca obra necessária à contenção de enxurradas esteja paralisada. “Na próxima chuva haverá nova tragédia lá.” O vereador revelou ainda ter caminhado no final de semana pelo Morro da Polícia, onde ficou sabendo que a população estava sem o fornecimento de água potável há 48 horas. “Estávamos lá para enxergar e pautar o Executivo”, salientou. “É função do Legislativo. O parlamento tem que debater, levantar questões. A cidade necessita de uma frente em sua defesa”, completou Adeli. (HP)

CALAMIDADE – Sofia Cavedon (PT) denominou como “um semestre de calamidade educacional” a situação da educação nas escolas municipais. “Foi um semestre desastroso para a educação em Porto Alegre”, repetiu a vereadora. Conforme Sofia, a imposição das rotinas escolares, por parte da Secretaria Municipal de Educação (Smed), vem sendo refutada por pais e mães de alunos, e não somente por professores. Ela também lamentou e criticou a redução na alimentação servida. “Durante uma tarde, o único lanche, num dia, é uma bergamota, outro dia três bolachas; e em outro. um leite que é um soro.” A vereadora lembrou ainda que grupo de pais e mães está buscando o Ministério Público de Contas, tendo em vista não terem conseguido um diálogo efetivo com a Smed. (HP)

ABANDONO - Alex Fraga (PSOL) criticou os serviços prestados pela Fasc na atual administração. Disse que funcionários concursados não foram nomeados e acusou o Executivo de negar a prestação de contas sobre o número de servidores atuando na fundação e o que seria necessário ao atendimento da demanda. “Assusta a vulnerabilidade das crianças. Escolas carecem de recursos”, reclamou o vereador. Fraga observou a referência da rede de ensino municipal de Porto Alegre para o restante do país, em passado recente. Segundo ele, houve uma desvalorização progressiva dos equipamentos e dos recursos humanos, e as crianças da periferia encontram o abandono, a falta de políticas públicas, de saúde e de cultura. “Sem esses valores, o que sobra para eles é uma arma e dinheiro para viver até os 30 anos”. O parlamentar pregou uma reação da sociedade, exigindo a retomada das atividades desportivas e culturais como forma de reverter atividade das crianças para atividades lúdicas, de lazer. Condenou ainda o uso de recursos do Orçamento Participativo para atividades de lazer do Lami, Belém Novo e Extremo Sul para construir um galpão no Acampamento Farroupilha. “O Belém Novo decidiu que a cultura seria a marca, e o secretário da Cultura, Luciano Alabarse, garantiu que os recursos seriam utilizados para essa finalidade. Precisamos que toda a demanda por recursos humanos seja atendida”, finalizou Alex Fraga. (FC)

PARLAMENTARISMO – Professor Wambert (PROS) elogiou a qualidade do debate da Câmara e enfatizou ter faltado apenas a uma sessão desde o começo do ano legislativo. No seu entendimento, é precária a situação da política no país, com pesada carga tributária, déficit da previdência, corrupção endêmica “que corrói o Brasil”. Segundo Wambert, a “corrupção tornou-se uma política pública no país”. Revelou ter utilizado R$ 10,460 mil dos 95,960 mil da verba de gabinete, no semestre, e que devolveu R$ 85,5 mil ao município. Ao mesmo tempo, seu gabinete atendeu 170 pessoas, muitos dependentes do poder público para atender suas demandas. O vereador informou que o PROS nacional é contrário à reforma da previdência e que esta decisão poderá influenciar o seu voto sobre o projeto que propõe o aumento da alíquota do Previmpa. Ele informou ainda que participa das frentes parlamentares em Defesa da Vida, do “Revogaço”, pela Desburocratização, do Turismo e da Legítima Defesa. Wambert qualificou o presidencialismo brasileiro como um sistema golpista e se declarou parlamentarista. “Se fôssemos um sistema parlamentarista, nós, vereadores, é quem governaríamos a cidade”, destacou. (FC)

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
             Fernando Cibelli de Castro (reg. prof. 6881)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)