Plenário

Sessão ordinária / Lideranças e Grande Expediente

Nos discursos de Lideranças e de Grande Expediente, na sessão plenária desta quinta-feira (28/8), os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre falaram sobre os seguintes assuntos:
 
LEGALIDADE –  Pedro Ruas (PSOL) falou sobre o projeto de lei, aprovado ontem (27/8), que altera o nome da Avenida Presidente Castelo Branco para Avenida da Legalidade e da Democracia. “Essa Casa continua fazendo história”, ressaltou. “O momento de ontem foi histórico na cidade. Tenho orgulho do que nós realizamos”. Conforme o vereador, o projeto é uma forma de mostrar que há um movimento nacional para "descomemorar" o golpe militar de 64. “Queremos contar a verdade, não queremos homenagear quem exilou, quem matou. Buscamos memória, verdade e justiça”, destacou o vereador. (TA)

SEGURANÇA - Sofia Cavedon (PT) falou sobre a audiência pública, realizada ontem (27/8), que discutiu a segurança pública nas escolas. “A pauta mais forte era a ausência de guardas municipais nas escolas, a violência e o tráfico de drogas no entorno das instituições”, declarou a vereadora. De acordo com Sofia, entre os encaminhamentos da reunião, ficou definido um pedido para que a prefeitura realize deslocamento imediato dos serviços de prevenção para as escolas. “Vamos encaminhar ao prefeito tudo que foi relatado, esperamos que a prefeitura garanta a segurança das nossas crianças e professores”, destacou. (TA)

REDISCUSSÃO - Alberto Kopittke (PT) afirmou que a mudança de nome da Avenida Presidente Castelo Branco para Avenida da Legalidade e da Democracia é uma forma de rediscutir a sociedade brasileira. “Estamos discutindo uma forma de reparação e responsabilização daqueles que cometeram crimes contra a humanidade”, destacou o vereador. Conforme Kopittke, o nome da rua era um símbolo do regime militar que permanecia dentro do regime democrático. “Quando discutimos o nome da rua, estamos discutindo problemas que existem na nossa sociedade”, afirmou o vereador. (TA)

VIADUTO - Delegado Cleiton (PDT) falou sobre a denominação do Viaduto Abdias do Nascimento, equipamento público localizado na Avenida Pinheiro Borda. Conforme o vereador, o local iria receber o nome de um jogador de futebol. “Parece brincadeira. Abdias Nascimento tem uma história de luta muito mais significativa. Ele é uma figura importante na história da defesa dos direitos do povo negro no Brasil, muito mais importante na história no que diz respeito à transformação coletiva”, afirmou o vereador. (TA)

APROVAÇÃO - Bernardino Vendrucolo (PROS) falou sobre a aprovação do projeto de lei que altera o nome da avenida Castelo Branco. “Eu sou muito favorável a deixarmos um pouco o passado de lado e nos preocuparmos com o presente”, disse o vereador, que também lembrou que, durante o período, crimes aconteceram “dos dois lados”. Vendruscolo disse estar preocupado com a história sendo contada por apenas um grupo, “criando uma geração de pessoas que se dizem cultas, mas que conhecem só um lado da história”, finalizou. (JM)

REPERCUSSÃO - João Carlos Nedel (PP) falou sobre o reflexo que teve para a população a aprovação do projeto que muda o nome da avenida Castelo Branco. Segundo o vereador, muitos questionaram o tempo gasto com um projeto de renomeação. “Realmente, não ficou bem para a Câmara de Vereadores. Nós temos mais de duas mil ruas, becos, passagens e acessos sem denominação”, lembrou. (JM) 

DISCUSSÃO - Reginaldo Pujol (DEM) reclamou do tempo gasto para discussão do projeto de lei que alterou o nome da avenida Castelo Branco. “A população fica estarrecida ao verificar que gastamos tanto tempo nesse debate”, afirmou. O vereador ainda classificou a discussão como inadequada e inconclusiva, e citou projetos que estão há mais de 90 dias na ordem do dia e que ainda não foram votados.  (JM)

ANIMAIS – A vereadora Lourdes Sprenger (PMDB) tratou da causa animal. Relatou ganho de ação no judiciário pela Associação Ecológica Caí, de São Sebastião do Caí, que obriga aquele município a propor, em 60 dias, um plano para o acolhimento e tratamento de animais domésticos e de tração. A vereadora destacou ainda o seu trabalho no Legislativo da Capital, especialmente no que se refere à cobrança de regulamentação para leis estaduais por meio de processos de indicação, como a que deveria implementar programa de esterilização animal e a microchipagem. Criticou o fato de o governo gaúcho não ter valorizado a implantação da Delegacia Especializada dos Direitos Animais, que funciona de forma precária junto de outra especializada para o combate de crimes ambientais, e ainda lamentou que na Capital a propaganda seja maior que a prestação de serviços na Seda. (MG)

Textos: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
            Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)
            Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)