Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Grande Expediente

No período destinado às Comunicações de Lideranças e ao Grande Expediente, na Sessão Plenária desta segunda-feira (15/2), os vereadores se manifestaram sobre os seguintes assuntos:

ANIMAIS - Rodrigo Maroni (PCdoB) afirmou que no ano passado apresentou o Código de Defesa dos Animais para que ele fosse debatido pela Câmara. "Fui muito mal interpretado na época por ter comentado sobre os rituais afros que envolvem a morte de animais mas quero dizer que respeito todas as crenças e religiões", disse. O vereador destacou que não está defendendo que não haja mais o consumo de carne no estado gaúcho e sim que as mortes dos animais sejam mais humanizadas. "Quero dizer também que irei apresentar aqui a reafirmação do código que proíbe a tração com uso de animais, pois nestes casos os animais são explorados com pesos absurdos a carregarem", ressaltou. (JD)

AGRICULTURA - Mônica Leal (PP) agradeceu a oportunidade de poder ir ao lançamento da 17ª edição da Expo-Direto. "No momento em que nós assistimos o estado tão ressentido com a sua economia, nós temos nesta exposição uma forma de manejar a agricultura para que ela, cada vez mais, cresça forte e atuante na economia", disse. A vereadora destacou que é preciso preservar e valorizar o que é produzido no estado gaúcho e que a agricultura está na cultura do povo que produz, diariamente, o alimento que vai para as mesas dos cidadãos. "Nós todos sabemos que se forem oferecidas condições favoráveis ao meio rural ele irá prosperar de forma rica e contínua."(JD) 

PLEBISCITO - Nereu D"Avila (PDT) criticou o ex-presidente da Casa, vereador Mauro Pinheiro (PT), por não ter indicado que haveria mudanças nas formas econômicas do plebiscito sobre o cercamento do Parque da Redenção. "Algo inusitado aconteceu, pois foi mandado um ofício a esta Casa com uma resposta do Tribunal Regional Eleitoral ao plebiscito dizendo que os trâmites legais do processo seriam de poder do município", disse. O vereador destacou que era preciso haver uma reunião com os vereadores sobre como seria tratado o assunto a partir do momento em que ele foi designado ao município. Contudo, D"Avila ressaltou que o vereador Mauro Pinheiro não se interessou pela pauta. "Acho que nunca houve tanta desconsideração do presidente em uma matéria tão importante para a cidade e fico triste de isto ter acontecido", concluiu. (JD)

MOSQUITO - Sofia Cavedon (PT) falou sobre a atividade social que a sua bancada fez na Vila Ipê, em Porto Alegre, para enfrentar o mosquito da dengue. "Lá, encontram-se muitos focos de mosquitos por causa dos terrenos baldios que lá existem e precisamos dar um basta ao mosquito para que a população não fique vulnerável", disse. A vereadora destacou que aquela comunidade está desassistida pelo poder público e que nenhuma obra está sendo feita para melhorar o saneamento básico do local. "Há diversos empreendimentos naquele bairro que não estão concluídos, contribuindo para a especulação imobiliária e criando focos de mosquitos", ressaltou. Sofia afirmou que existem ações judiciais para estas obras paradas e que as empresas devem uma explicação à comunidade. (JD)   

SEGURANÇA - Alberto Kopittke (PT) apresentou uma "síntese de vários debates" sobre segurança pública. Ainda em setembro, como ele próprio recordou, dezoito propostas emergenciais foram apresentadas para solucionar os problemas relacionados ao crime em Porto Alegre. "Não são ideias demagógicas e populistas que irão nos retirar deste triste momento", assegurou. Entre as medidas indicadas, ele apontou a ação de prefeituras no que toca à segurança. "Dizem que não é sua responsabilidade, mas isso se refere às polícias, que estão submetidas aos governos estaduais. Fortunati deveria mobilizar a população contra a violência e valorizar instituições como o conselho municipal de segurança pública", apontou, enquanto citava exemplos de políticas bem-sucedidas em cidades colombianas. (CV)

PRÁTICA - Reginaldo Pujol (DEM) definiu a apresentação de Kopittke (PT) como "magistral". Entretanto, pouco depois, ponderou: "Tudo é verdade. Mas a teoria na prática é outra", afirmou. Pujol questionou a efetividade daquilo que seu colega apontou como soluções ao citar exemplos de áreas que foram alvo de programas como os Territórios da Paz ou mesmo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), do Rio de Janeiro. "Qual foi o resultado do que fizeram aqui na Cruzeiro, Bom Jesus, Restinga? O crime aumentou nessas regiões. Agora, as UPPs cariocas estão matando gente e inicialmente eram vistas com esperança. Não dá pra confundir a realidade colombiana ou de outros países com a nossa." (CV)

DESCULPA - Lembrando-se de quando era criança e enganava seus pais dizendo ter ido à escola quando na verdade estava jogando taco na rua, Clàudio Janta (SD) comparou suas desculpas de outros tempos com o discurso de Kopittke (PT). "Meus pais fingiam que acreditavam em mim. Aqui, se vê a mesma história.  Falar em segurança pública jogando toda a responsabilidade sobre os municípios e esquecendo que 62% dos impostos vão para a União é algo infantil", definiu. Janta também questionou onde está o retorno de investimentos realizados em programas como os Territórios da Paz. (CV)

VIOLENTA - Dois erros não fazem um acerto. Com a sabedoria popular, Fernanda Melchionna (PSOL) advertiu que, sim, há erros nas gestões de Dilma (PT) e Sartori (PMDB), mas isso não isenta a administração municipal dos problemas em relação à segurança na Capital. Comentando que Porto Alegre possui taxas de homicídio por 100 mil habitantes superiores às de Rio de Janeiro e São Paulo, ela cobrou providências da Prefeitura para que o município deixe de figurar na lista dos 50 mais violentos do mundo. "É preciso uma política de educação para que jovens sigam nas escolas e não se envolvam com as gangues capitalistas do narcotráfico. É preciso governo que assuma questão da prevenção como responsabilidade sua", indicou. (CV)

DEP - Engenheiro Comassetto (PT) falou da responsabilidade dos governantes em assumir posições politicas e reconhecer as boas propostas da oposição. Lembra que os vereadores têm colaborado com boas propostas mas não encontram repercussão no poder público. Entende que precisa haver um maior diálogo com a cidade, “o que está faltando”, e reforça que o atual governo está cansado e desencontrado, bem como o governo estadual, “que improvisa”. Cobrou a falta de cumprimento das agendas citando como exemplo o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) que, segundo ele, deixa a desejar. “A comunidade do Ipê espera por obras de contenção para evitar alagamentos e eliminar focos de epidemias”, afirmou Comassetto. (FD)

LOUREIRO - Delegado Cleiton (PDT) prestou uma homenagem ao ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Adroaldo Loureiro, que faleceu na última sexta-feira (12/2). Lembrou que Loureiro é autor de leis importantes como a do bullyng nas escolas e dos desmanches de automóveis. Militante do Partido Democrático Trabalhista (PDT), o politico sempre se destacou na vida dos gaúchos, principalmente da comunidade missioneira que ele representou na Assembleia Legislativa do Estado, destacou o vereador. (FD)

DEMORA - Engenheiro Comassetto (PT) lamentou a paralisação da cidade de Porto Alegre, cujas obras não avançam. “Onde foram aplicados os R$ 5 milhões que o governo federal enviou à Porto Alegre para a Copa do Mundo?” Lembrou ainda que o comércio no entorno das obras inacabadas tem prejuízo com estas paralisações. Porto Alegre vive a fase do “constrói e quebra”, referindo-se à demolição de obras que depois de prontas são destruídas por apresentarem problemas. (FD)

FISCALIZAÇÃO – João Carlos Nedel (PP) respondeu a Engenheiro Comassetto que as obras realmente sofrem alguns atrasos, mas atribuiu, em parte, à falta de repasse de recursos do governo federal. Concorda também que há deficiência na fiscalização das obras, o que “providencialmente foi feito pela prefeitura na contratação de novos fiscais”, revelou Nedel. Afirmou, no entanto, que a administração de Porto Alegre tem controle dos gastos, “tanto que reequilibrou as finanças públicas”, concluiu. (FD)

Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
          Flávio Damiani (reg prof 6180)
          Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)