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Quem vier ao Porto Seco terá toda a segurança, afirma SMC

Vereadores vistoriaram condições de segurança e estrutura do sambódromo Foto: Ederson Nunes
Vereadores vistoriaram condições de segurança e estrutura do sambódromo Foto: Ederson Nunes
O coordenador de Manifestações Populares da Secretaria Municipal de Cultura, Joaquim Lucena, garantiu, nesta quinta-feira (7/2) pela manhã, que o Complexo Cultural Porto Seco está cumprindo as exigências para prevenção de incêndios e de segurança no local. A declaração do dirigente foi feita durante visita dos integrantes da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre ao Complexo. "Quem vier participar do carnaval no Porto Seco terá toda a segurança."

A manifestação de Lucena também foi uma reação à notícia veiculada hoje de que o promotor Fábio Sbardellotto, da Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística, solicitaria a interdição do Complexo Cultural, caso as exigências legais de segurança e prevenção de incêndios não fossem cumpridas até sexta-feira (8/2). De acordo com o promotor, o alvará de prevenção contra incêndio do Porto Seco estaria vencido desde abril de 2002.

Lucena se disse "tranquilo" quanto ao cumprimento das normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros. "Se fizemos a Muamba neste ano é porque havia segurança", disse o coordenador, acrescentando que a SMC requisitará que uma inspeção final seja feita ainda hoje pelo Corpo de Bombeiros. "Nós vamos atender tudo o que eles (Bombeiros) pedirem. Faltam apenas alguns pequenos detalhes que precisam ser corrigidos e serão providenciados até amanhã. Nunca estivemos tão bem equipados como neste ano", afirmou Lucena.

De acordo com Victor Hugo Amaro, presidente da Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (AECPARS), o Complexo Cultural possui 15 barracões destinados às entidades carnavalescas. Amaro, no entanto, lamenta que o Complexo ainda seja subutilizado, tendo atividades apenas no período de carnaval, pois a comunidade reivindica que o espaço seja aproveitado o ano inteiro, com oficinas e projetos para geração de emprego e renda.

Sem água

A presidente da Cece, vereadora Sofia Cavedon (PT), no entanto, constatou que os hidrantes do Complexo não estavam funcionando, não havendo abastecimento de água em caso de incêndios. Ela afirmou que cobraria providências da prefeitura, apesar de todas as garantias dadas pelos dirigentes da SMC e da AECPARS quanto à segurança do Complexo.

Sofia ressaltou que é necessário haver muita precaução quanto ao cumprimento de todas as exigências legais para prevenção de acidentes, a fim de evitar tragédias como a ocorrida recentemente numa boate de Santa Maria, cujo número de óbitos já chegou a 238. "Em se tratando de prevenção de acidentes ou tragédias, nenhuma preocupação é demasiada", disse a vereadora. Ela também defendeu a necessidade de que se promova um debate para a construção de um projeto definitivo para que o Porto Seco seja aproveitado o ano inteiro.

O vereador Professor Garcia (PMDB) se mostrou satisfeito com as providências tomadas pela SMC e disse estar tranquilo quanto à segurança do carnaval deste ano. "A cada ano o carnaval de Porto Alegre evolui. Eu entendo a preocupação com a prevenção contra incêndios, mas o sambódromo está bem montado e com segurança." Garcia, no entanto, também manifestou inconformidade com o fato de que o Complexo ainda não seja utilizado pela população fora do período de carnaval. Ele garantiu que continuará lutando para que esse projeto seja posto em prática. "A ocupação durante o restante do ano permitirá a geração de emprego e renda."

Também estiveram presentes à visita os vereadores João Derly (PCdoB), Séfora Mota (PRB) e Mauro Pinheiro (PT). 

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)