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Sirmar Antunes recebe o título de Cidadão Emérito nesta terça

Sirmar Antunes atuou em "Neto perde sua alma" Foto: www.universohq.com / CMPA
Sirmar Antunes atuou em "Neto perde sua alma" Foto: www.universohq.com / CMPA

A Câmara Municipal de Porto Alegre concederá, nesta terça-feira (25/9), o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao ator gaúcho Sirmar Antunes Corrêa. A homenagem, proposta pelo vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), será realizada às 17 horas no Plenário Otávio Rocha da Casa.

Conhecido por sua destacada atuação como representante da comunidade negra no meio artístico, o porto-alegrense Sirmar Antunes integrou, em 1977, o elenco da peça O Evangelho Segundo Zebedeu, de Cezar Vieira, com direção de Luciano Alabarse. Atuou também em peças como Calabar, de Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra, em Porto Alegre, vivendo o personagem Henrique Dias, e também no Espetáculo Afro-Latino, um musical sobre raízes negras no Rio Grande do Sul.

No teatro, foi dirigido em peças como O Elogio da Traição, de Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra, e também em Jornada de um Imbecil até o Entendimento, de Plínio Marcos. Em 1987, Sirmar fundou o grupo de teatro dos Correios e Telégrafos e, em 1988, representou o Rio Grande do Sul no Seminário Nacional de Dramaturgia, que teve como proposta debater o espaço do negro na mídia e a violência policial contra a comunidade negra.

Sirmar morou em São Paulo, onde trabalhou na TV Bandeirantes e na Casa Aberta Leide das Neves como voluntário, tornando-se arte-educador para jovens de menor renda, na área do teatro. No ano 2000, de volta a Porto Alegre, teve presença marcante em performances cênicas, como no Tributo a Oliveira da Silveira, em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra. Também participou como ator no espetáculo de dança Lanceiros Negros.

A partir do retorno à Capital, o artista esteve presente em especiais de TV, curtas e longas metragens e também em espetáculos que, inclusive, renderam-lhe o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Recife, em 2001, pelo espetáculo teatral João Candido Vive.

Apesar do extenso currículo em atuações teatrais, a carreira do homenageado também foi marcada pelo cinema, participando de filmes como Domingo no GrenalO Dia em que Dorival Encarou a GuardaLua de OutubroConcerto Campestre e Netto Perde Sua Alma.

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)