Vereador propõe rigor na venda de componentes do lança-perfume

Tramita na Câmara Municipal de Porto Alegre o Projeto de Lei de autoria do vereador Elizandro Sabino (PTB) que inclui componentes do entorpecente conhecido como lança-perfume no rol de bases de produtos sintéticos para os quais é instituído o cadastro e o receituário comerciais quando vendidos em Porto Alegre. As substâncias citadas no projeto são antirrespingo de solda sem silicone, solvente de tinta, clorofórmio, tricloroetileno e diclorometano. Para isso, é proposta a alteração da Lei n° 7.778, de 9 de abril de 1996.

O vereador justifica afirmando que o lança-perfume é considerado uma droga de fácil acesso e muito barata e que vem sendo utilizada de forma indiscriminada em festas. “Diferentemente do antigo lança-perfume, o atual, além de ser mais agressivo à saúde, tornou-se mais atrativo, por conter aromas diferentes” diz Sabino.

O proponente destaca que os efeitos a longo prazo podem ser irreparáveis, pois o uso do entorpecente provoca perdas cognitivas importantes, com comprometimento de memória e de funções do cérebro responsáveis pela tomada de decisões. “Por ser uma questão de saúde pública e por envolver diretamente crianças e adolescentes, não podemos ficar inertes frente a essa grave situação”, completa.