Vereadores defendem visibilidade zero para álcool e fumo
Em reunião conjunta das comissões de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) e de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), nesta terça-feira (26/4), vereadores defenderam a necessidade de dar visibilidade zero para álcool e fumo na Capital. A proposta foi apresentada na Câmara Municipal de Porto Alegre por duas pessoas que atuam no tema: o médico pneumologista Luiz Carlos Correa da Silva, da Santa Casa, e o psicoterapeuta Mauro Kwitko, que distribuíram cópias de uma proposta de projeto de lei que busca proibir a exposição, a publicidade e a promoção de bebidas alcoólicas e produtos fumageiros no Município.
Quem há 30 ou 40 anos poderia pensar que teríamos hoje essa situação de ninguém fumando em um ambiente fechado?, ressaltou o pneumologista, que acredita que a visibilidade zero ajudará a diminuir a iniciação dos jovens. O cigarro está muito próximo de crianças e jovens. Está nos pontos de venda, ao lado de balas e outros atrativos. Mais de 70% desses pontos estão próximos a escolas e universidades. Os jovens acabam sendo levados, mesmo que muitas vezes não queiram.
Silva destacou que o objetivo é evitar induções. Se a lei federal permite, temos que acabar mexendo na lei maior. Sem lei, vamos marchar muito lentamente. Por isso que defendemos este projeto. Mas o principal é começar a discussão. Por isso estamos aqui, disse.
Queremos que comece por Porto Alegre, mas acreditamos que todas as cidades vão seguir esse caminho no futuro, complementou Kwitko. É um projeto bastante utópico e futurista, mas nunca vi nenhuma pessoa contrariar que quanto mais se enxerga a droga, mais estímulo ao consumo se tem. Segundo ele, a visibilidade do cigarro atualmente é de 5%. Mas a cerveja tem propaganda por todo lado. Temos que ficar atentos porque a maconha não é a porta de entrada para outras drogas. É a bebida alcoólica.
Quem há 30 ou 40 anos poderia pensar que teríamos hoje essa situação de ninguém fumando em um ambiente fechado?, ressaltou o pneumologista, que acredita que a visibilidade zero ajudará a diminuir a iniciação dos jovens. O cigarro está muito próximo de crianças e jovens. Está nos pontos de venda, ao lado de balas e outros atrativos. Mais de 70% desses pontos estão próximos a escolas e universidades. Os jovens acabam sendo levados, mesmo que muitas vezes não queiram.
Silva destacou que o objetivo é evitar induções. Se a lei federal permite, temos que acabar mexendo na lei maior. Sem lei, vamos marchar muito lentamente. Por isso que defendemos este projeto. Mas o principal é começar a discussão. Por isso estamos aqui, disse.
Queremos que comece por Porto Alegre, mas acreditamos que todas as cidades vão seguir esse caminho no futuro, complementou Kwitko. É um projeto bastante utópico e futurista, mas nunca vi nenhuma pessoa contrariar que quanto mais se enxerga a droga, mais estímulo ao consumo se tem. Segundo ele, a visibilidade do cigarro atualmente é de 5%. Mas a cerveja tem propaganda por todo lado. Temos que ficar atentos porque a maconha não é a porta de entrada para outras drogas. É a bebida alcoólica.
Proposta bem-vinda
Titular da Secretaria Municipal da Saúde, Fernando Ritter disse que a proposta para inibir a propaganda é muito bem-vinda. Vamos enfrentar a força do lobby contrário. Muita gente tem na propaganda uma forma de incentivar o consumo, lembrou. Nosso trabalho maior será sensibilizar a indústria que vive disso. Se conseguirmos, poderemos reduzir o número de internações hospitalares por problemas ligados ao tabagismo e ao consumo de álcool.
Conforme Ritter, existem cerca de 177 mil pessoas que fumam em Porto Alegre. É a capital com maior número de fumantes do país. O secretário também afirmou que a cidade tem uma capacidade de tratar quem quer parar de fumar que está acima da quantidade de pessoas que procuram o tratamento. O índice de sucesso foi de 40%, acima da média de 30% de quando a gente introduz a pessoa num grupo de combate ao tabagismo. Desta forma, levaríamos oito anos para atender a todos os fumantes que temos na Capital.
Vereadores
O primeiro parlamentar a se manifestar sobre a proposta foi Adeli Sell (PT), que defendeu a importância da medida, mas ponderou sobre a possibilidade de o projeto ser inconstitucional.
O vice-presidente da Cedecondh, Prof. Alex Fraga (PSOL), afirmou ser sensível à mobilização. Crianças são permeáveis a estímulos externos. E os veículos de comunicação focam muito em peças coloridas, com crianças e adolescentes como público-alvo. Muitas marcas de bebidas e fumo também têm essa intenção. Finalizou dizendo ser favorável à proposta. Mas temos que ver como isso pode ser feito dentro da legalidade.
Já o presidente da Cedecondh, Dr. Thiago Duarte (DEM), apontou os problemas que o cigarro causa na saúde. Pesquisas mostram que os jovens entram para as drogas por meio do álcool. Ou seja, o trampolim para as drogas mais pesadas sempre é a bebida, ressaltou.
Como encaminhamento, o vereador propôs que se crie um grupo para tentar construir um projeto de lei. Podemos reunir vereadores, secretarias e a Defensoria Pública para retirar qualquer viés de inconstitucionalidade e apresentar o projeto conjuntamente, afirmou. Também estiveram presentes a presidente da Cosmam, Lourdes Sprenger (PMDB), e o vereador Marcelo Sgarbossa (PT).
Medicina animal
Em outra reunião, realizada na manhã desta terça-feira, a Cosmam debateu o tema Os Fitoterápicos e a Nova Medicina Animal. Na oportunidade, a farmacêutica Madeleine Machado disse que os produtos fitoterápicos e homeopáticos podem ajudar inclusive no tratamento dos cânceres em animais. Os fitoterápicos têm ação antioxidante e trabalham principalmente com a prevenção, trazendo mais resultados. Mas as pessoas ainda têm resistências aos tratamentos não convencionais. Madeleine observou ainda que as pulgas e os carrapatos estão cada vez mais resistentes aos pesticidas utilizados nos animais, além de poderem causar efeitos colaterais devido à absorção pela pele.
Já o representante da Liga Homeopática do RS, Fabiano Suzin Lima, ressaltou que o tratamento homeopático é uma terapia que não deixa resíduos no corpo dos animais, ao contrário do que ocorre em relação aos tratamentos alopáticos. A homeopatia permite que os animais adoeçam menos e que tenham qualidade de vida melhor, sem os efeitos adversos das quimioterapias. Ele ressaltou que o tratamento homeopático leva em conta inclusive o ambiente em que o animal vive e os fatores que podem influenciar o comportamento e a qualidade de vida dos bichos.
Além da presidente da Cosmam, vereadora Lourdes Sprenger (PMDB), estavam presentes à reunião os vereadores Dr. Goulart (PTB), Paulo Brum (PTB) e Mario Manfro (PTB).
Texto: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)