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Cece visita escola municipal no bairro Humaitá

  • Visita à EMEF Antônio Giúdice. Na foto: Vereadores Tarciso Flecha Negra e Alvoni Medina.
    Escola abriga cerca de mil alunos em três turnos (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Visita à EMEF Antônio Giúdice
    Alunos têm duas quadras para prática de esportes (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre visitou, na tarde desta terça-feira (28/3), a Escola Antônio Giúdice, no bairro Humaitá. O propósito da visita foi dialogar com profissionais da educação e verificar as condições de estrutura do local de ensino.  

Com capacidade para 1,2 mil alunos, a escola atende em torno de 360 estudantes por turno, sendo que durante o dia estudam crianças do 1º ao 9º ano e, à noite, ocorrem as aulas do projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA). A ampliação e melhoria de salas de aula são reivindicações da escola para atender a grande demanda de alunos. A diretoria da escola vê necessidade da derrubada de três salas de madeira, onde estudam duas turmas do 1º ciclo (entre 6 e 7 anos), por falta de infraestrutura para abrigar estes alunos. Conforme a diretora Raquel Moreira dos Santos, há muitos buracos no chão e goteiras no telhado. Sem alternativas para reformas, é preciso construir novos espaços. "Nós poderíamos oferecer mais 15 vagas em cada turma, se as salas estivessem em boas condições", avaliou. O colégio conta com duas quadras esportivas e ainda oferece café da manhã, almoço e janta aos alunos e também uma biblioteca aberta à comunidade.

Decreto Municipal

As mudanças previstas no decreto municipal publicado pelo Secretaria Municipal de Educação (Smed) também geraram debate. Os funcionários da Antônio Giúdice são contrários à implementação das mudanças, pois acreditam que elas prejudicarão o funcionamento do colégio e o aprendizado, deixando os alunos desamparados. De acordo com a diretora, não é só uma questão de horário, mas de entender a abrangência da educação. “Estamos perdendo a alma da escola. Esta proposta quer implantar uma escola fria, que não acolhe as crianças”. 

A professora do EJA Eulália Nascimento explicou que eles estão seguindo a rotina do ano passando e ainda não adotaram as novas medidas, mas se sentem perdidos por não saberem como prosseguir. “Não sabemos o que vai acontecer. Está tudo uma desordem”.

A vereadora Sofia Cavedon (PT) ressaltou que o cotidiano de uma escola não é uma coisa rotineira. “Cada dia tem algo diferente”. Ela relatou que as escolas estão tentando se reunir com a Smed para propor saídas. “Elas funcionam em rede e todas querem seguir as mesmas diretrizes”. 

Alvoni Medina (PRB) falou sobre a importância da visita. “É uma forma de entender as demandas e levar para a Secretaria de Educação”, apontou.

Já o presidente da Cece, Tarciso Flecha Negra (PSD), destacou que sem o carinho prestado pela escola aos alunos, o colégio fica vazio. “Isso faz parte da formação do cidadão”, disse. Também esteve presente o vereador Reginaldo Pujol (DEM). 

A Cece está visitando várias escolas municipais e fará um relatório com todas as demandas para ser entregue à Smed. 

Texto de: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
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leunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)