Comissões

Cedecondh e secretarias discutem problemas da Cidade Baixa

As brigas entre gangues e os grandes assaltos diminuíram, mas furtos e roubos são diários no bairro

  • Na reunião, ficou decidida a criação de um grupo de trabalho (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
  • Os vereadores Prof. Alex, Dr. Thiago e Adeli Sell (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Criminalização, interdição de estabelecimentos e desorganização das ruas no bairro Cidade Baixa foi o tema da reunião realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), da Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta terça-feira (22/11). O presidente da Cedecondh, Dr. Thiago (DEM), mostrou diversas imagens de locais do bairro que operam ilegalmente vendendo bebidas alcoólicas e drogas, além de não respeitarem o horário de funcionamento da região e não possuírem um bom acondicionamento acústico, prejudicando os moradores. “Há quatro estabelecimentos que podem se adequar, e nós temos que apoiar a Smic (Secretaria Municipal de Indústria e Comércio) nessas ações”, disse.

Falando em nome da Smic, José Fernando Godoy, diretor-adjunto de Fiscalização, contou que a secretaria tem muitas outras atividades para atender e afirmou que é importante que outros órgãos municipais possam ajudá-la. “Temos o registro fotográfico e estamos monitorando e acompanhando alguns lugares para interditá-los o mais breve possível”, informou. Ele explicou que a Smic diminuiu a atuação na Cidade Baixa durante o período eleitoral, pelo grande número de pessoas transitando no bairro, mas que já está retornando à rotina normal. 

Rodrigo Kandrik, representando a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), disse que a iluminação da Cidade Baixa está sendo melhorada a pedido dos moradores e que não existem muitos estabelecimentos com problemas, “mas estes causam um grande estrago”. Já Mario Marros, diretor do CAR Centro (Centro Administrativo Regional) afirmou que há muitas denúncias de perturbação de sossego por parte dos moradores e sugeriu a criação de um regulamento para organizar os eventos em via pública que atrapalham as pessoas que residem no bairro.

A criminalidade na Cidade Baixa diminuiu, de acordo com os números e dados apresentados pelo Delegado Jardim, da 1ª Delegacia de Polícia, localizada no Centro, que atende os acontecimentos do bairro. Segundo o delegado, as brigas entre gangues e os grandes assaltos diminuíram, entretanto os furtos e roubos continuam acontecendo diariamente e cerca de 94% deles são cometidos por moradores de rua. A 1ª DP atende 22 mil ocorrências por ano, de acordo com Jardim. "É o maior número de atendimentos do Estado”, disse.

A representante da Associação de Comerciantes da Cidade Baixa, Maria Isabel Nehme, disse que estava feliz com as discussões feitas na reunião. “Parece que estamos chegando no final do diagnóstico. Agora temos que partir para a ação para melhorar o bairro como um todo. Se agirmos organizadamente, conseguiremos melhorar essa situação”, finalizou.

O vereador Adeli Sell (PT) afirmou que é preciso trabalhar com várias secretarias para fazer uma “fiscalização conjunta e unificada” no bairro Cidade Baixa. Também estiveram presentes na reunião o vereador Profº Alex Fraga (PSOL), a Guarda Municipal e a Brigada Militar.

Encaminhamentos

Ao final da reunião, ficou decidido que a Cedecondh criará um grupo de trabalho com diversas secretarias para resolver as demandas da Cidade Baixa. O grupo se encontrará mensalmente para discutir soluções.

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)