Plenário

Discursos de Lideranças

Os vereadores da capital abordaram nesta quarta-feira (17/5), em tempo de liderança de seus partidos, os seguintes temas:

LIXO – Sofia Cavedon (PT) tratou da coleta e destinação do lixo em Porto Alegre. Questionou o lançamento do edital para contratação de empresas terceirizadas, argumentando que a medida representará custo superior ao do sistema misto, que já é utilizado. De acordo com Sofia, a migração para um sistema totalmente terceirizado comprometerá entre 8% e 10% do orçamento e faz parte de processo que visa desarticular os serviços realizados por funcionários do quadro no município. A vereadora pediu esclarecimentos sobre o contrato com a Cotravipa, para toda a cidade, uma vez que observou a empresa Cores também atuando na coleta.  (AB)

LIXO II - João Dib (PP) rebateu as declarações da colega Sofia Cavedon (PT) assinalando que o DMLU terceirizou os serviços desde que o PT assumiu a prefeitura. “Apesar de uma lei municipal proibir a terceirização”, afirmou, acrescentando que  durante a gestão foi feita alteração para possibilitar as contratações. Da tribuna, Dib comentou ainda sobre a votação, em bloco e com urgência, de diversas matérias no Congresso Nacional. “Farão más leis”, disse o vereador, para quem a pressão provocada pelos ataques em São Paulo não deve motivar a recuperação apressada de projetos cujos conteúdos são desconhecidos para a maioria. (AB)

LIXO III – Sebastião Melo (PMDB) afirmou que é preciso qualificar o sistema de coleta e destinação do lixo na capital. Esclareceu que o edital para contratação de empresa terceirizada foi lançado após oito diálogos e uma audiência pública e pretende melhorar o serviço prestado à população. A regionalização da triagem está entre as medidas previstas pela atual gestão, já que, segundo Melo, 80% do lixo estão concentrados em apenas 10 bairros. O vereador lembrou ainda que 85% dos contratos foram terceirizados durante a gestão do PT na prefeitura. (AB)       

UNIÃO - Elói Guimarães (PTB) defendeu a união entre sociedade e políticos nas questões de interesse comum da população. “Mantidas as divergências, temos todos o mesmo juízo do bem e do mal”, disse, ao comentar os “ataques contra a vida e o patrimônio” ocorridos em São Paulo. Apesar da crise pela qual passam, o petebista destacou a importância dos partidos políticos  para a manutenção da ordem democrática. “O bem e as pessoas que defendem o bem têm que estar unidos”, reiterou. (AB)

HOMO - Manuela d’Ávila (PCdoB) lembrou que se comemora, hoje, o Dia Mundial Contra Homofobia. Segundo ela, Porto Alegre é das pioneiras em políticas includentes “para aqueles que têm outra opção sexual”. Manuela citou, como exemplo, a aprovação pela Câmara Municipal do Dia da Visibilidade Lésbica e da Semana de Combate à Homofobia, ambas de Margarete Moraes (PT). “A Organização Mundial da Saúde reconheceu, há 16 anos, que homossexualidade não era doença nem transtorno.” (CS)

CRISE - Claudio Sebenelo (PSDB) disse que sociedade assiste estarrecida à evolução de uma das piores crises na segurança pública, “absolutamente comprometida pela anomia”. Segundo Sebenelo, há uma guerra civil declarada, num processo de desmoralização do estado oficial, obrigado a negociar com o estado paralelo e conviver com a mortandade de cerca de 120 pessoas, atentados e invasões. “As carceragens, no Brasil, são verdadeiras masmorras medievais. O medo tomou conta do país.” (CS)

MARATONA - Clênia Maranhão (PPS) lembrou que, neste domingo, acontecerá mais uma edição da Maratona de Porto Alegre, “evento importante que mobiliza diversos atletas e a população em geral”. Clênia também ressaltou que o governo municipal mantém política de diálogo, o que lhe mantém confiante quanto às tratativas entre EPTC e agentes de trânsito da cidade. “A gestão da EPTC se pauta pelo diálogo com funcionários públicos da cidade, numa construção coletiva das decisões.” (CS)

APOSENTADOS - Ervino Besson (PDT) criticou correspondência enviada a aposentados com oferta de empréstimo mediante desconto em folha de pagamento. Segundo Besson, ela procura iludir os aposentados com promessas de melhores taxas de juros, sem consulta ao SPC ou Serasa e com prazo de 36 meses para pagar. “Isso é caso de polícia.” Também criticou o fato de a propaganda enviada a aposentados vir com o desenho de uma estrela, símbolo do PT. (CS)

Andréia Bueno (reg. prof. 8148)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)