Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Durante o período de Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (28/4), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

LIMPEZA – O vereador Tarciso Flecha Negra (PSD) disse que é sempre muito bem recebido pela comunidade pela comunidade do Bairro Mário Quintana. Ele lamentou, no entanto, ter sofrido represálias por parte de uma líder do Orçamento Participativo durante recente visita feita àquela comunidade. Tarciso lembrou de suas ações na região, atendendo a crianças e ajudando a resolver problemas de limpeza do bairro. “O trabalho que eu estou fazendo lá é um trabalho lindo, que já deveria estar sendo feito há muito tempo.” Por fim, ressaltou que a atitude não está relacionada a votos. “Não fui lá pra pedir voto, estou indo lá há dois anos. Independentemente de ser vereador, vou lutar”, afirmou. (JM)


DESCASO – Sofia Cavedon (PT) afirmou que os que hoje criticam o Estado são os mesmos cujos partidos utilizaram o Plano de Demissão Voluntária (PDV) para o desmonte da segurança pública do Rio Grande do Sul. Disse que são os mesmos que fazem parte da base do governo de Porto Alegre, que não cumpre a sua parte na implantação dos quatro Territórios da Paz e da implantação do Pronatec, um projeto da União destinado a retirar crianças e adolescentes das ruas. “Governo incompetente que não coloca guardas municipais nas escolas e que deixou de nomear servidores no ano passado”, disse a vereadora, se referindo ao governo municipal. Falou que o governo gaúcho reajustou salários em 150% e está implantando curso de tecnólogo em segurança nos Instituto Federal. "Não há solução mágica, sem planejamento e pesquisa." (MG)

LEITURINHAS - Idenir Cecchim (PMDB) "agradeceu" a presidente Dilma pelos 30% de Aumento da Energia Elétrica e pela entrega de creches de plástico, sem estrutura, “apenas para atender promessas de campanha”. Disse que as “leiturinhas” a que se referiu a vereadora Sofia Cavedon, na verdade, são grandes manchetes de jornais e que descrevem o descaso com a segurança e se estendem a outros setores da administração estadual. Elogiou o secretário Airton Michels e criticou o que considera intromissão do governador Tarso na gestão da pasta. Lembrou os problemas em escolas estaduais, como a Uruguai, próxima ao Parcão, em Porto Alegre, e que o governador não paga o piso acordado com o magistério e que ele mesmo assinou. “Não cumpre com o fio do bigode, que aliás ele não tem mais”. (MG)

REFERÊNCIA – Kevin Krieger (PP) destacou que os Territórios da Paz não deram certo porque o governo do Estado, em nenhum momento, procurou o Município para gerir um programa conjunto de enfrentamento e prevenção à violência. Sobre o Pronatec, disse não entender as críticas de Sofia Cavedon, porque Porto Alegre é considerada referência nesta área. Krieger lembrou que a presidente Dilma entregou diplomas do Pronatec em Porto Alegre, que está entre as capitais com melhores desempenhos. Segundo o progressista, é difícil entender por que é preciso mais tempo para projetos da Segurança, enquanto para o Pronatec, que tem dois anos, o resultado tem que ser instantâneo. O progressista ainda lembrou que mais de 45 mil crianças e adolescentes são atendidas no turno inverso. (MG)

DEMAGOGIA – Delegado Cleiton (PDT) afirmou que "é fácil fazer oposição". Disse que Sofia Cavedon desacredita no que jornalistas dos principais veículos de comunicação escrevem. Cleiton salientou que a vereadora esqueceu de falar no projeto de manutenção dos policiais militares nas escolas que está ruindo, “porque os policiais têm que sair à noite para fazer bico para complementar a renda”. Lembrou que o aumento será pago apenas em 2018 e que, no governo Olívio Dutra, uma CPI da Segurança resultou na não-reeleição do projeto petista de governo. O pedetista também criticou a falta de policiais. Ressaltou que mais de 50 municípios gaúchos possuem apenas um policial. (MG)

AUDIÊNCIA - Alceu Brasinha (PTB) sugeriu que os vereadores solicitem uma audiência com o governador Tarso Genro para perguntar o que está acontecendo com a segurança pública. Na opinião de Brasinha, o governador está fazendo coisas boas, apesar das críticas de colegas. Também lamentou que Idenir Cecchim (PMDB) tenha “desqualificado o secretário estadual de Segurança” e que a vereadora Sofia Cavedon (PT) critique tudo que faz o Executivo municipal. Brasinha disse que também “houve coisas boas” nos governos Rigotto e Yeda, assim como o de Tarso. (CB)

QUADRILHAS - “Estamos falando de quadrilhas, de crime organizado, não estamos falando do Zé Galinha”, disse Cláudio Janta (SDD). “O tráfico que foi expulso de Rio e São Paulo veio para Porto Alegre. Veio para onde está mais fraco, porque nossa segurança está fraca.” Janta criticou o baixo reajuste parcelado dado pelo governo estadual aos policiais. “A situação da segurança é grave, tanto que o governo federal passou para os municípios a saúde, a educação e agora quer passar a segurança. Mais um motivo para os prefeitos irem a Brasília de pires na mão.” A seu ver, os porto-alegrenses não podem conviver com o toque de recolher dos traficantes. (CB)

CAMPEIRO - Bernardino Vendruscolo (PROS) elogiou artigo do diretor legislativo, Luiz Afonso de Melo Peres, no Jornal do Comércio, sobre a votação do projeto que prevê o Fundo Cicloviário. Também comentou nota de Fernando Albrecht com resposta do prefeito José Fortunati sobre a falta de restaurantes de comida campeira em Porto Alegre. Vendruscolo lembrou ao prefeito que foi o autor do projeto que propôs um acampamento farroupilha durante a Copa do Mundo e outros projetos de cunho tradicionalista, como o Memorial do Chimarrão. “O prefeito esqueceu que eu sou autor do acampamento”, lamentou. (CB)  

VIAGEM - Valter Nagelstein (PMDB) relatou viagem a Bagé para participar de evento da União Brasileira dos Vereadores (UBV) a convite da Câmara local. Citou as palestras de diretor do TCE sobre ferramentas de controle social do tribunal, na qual deu ênfase aos protestos de rua e como o TCE busca atender os anseios por “uma política mais limpa”, e de desembargador, que discorreu sobre questões como a prerrogativa dos vereadores de emendar leis do Executivo. Segundo Valter, foi um momento de trocas de experiências muito proveitoso. O vereador ainda convidou os colegas a participarem do seminário Diálogos sobre a Segurança Pública, em maio, que, entre os palestrantes, trará o secretário de Segurança do Rio, José Beltrame. (CB)

DROGAS I - Fernanda Melchionna (PSOL) criticou a política de guerra às drogas. Fernanda afirmou que a política de combate às drogas está falida. “Traficantes seguem livres e soltos, voando de avião transportando drogas”, disse. De acordo com a vereadora, os usuários seguem lotando os presídios. Fernanda disse que "basta ser pobre e negro para estar preso". Segundo a vereadora, 25% da população carcerária são de traficantes. “Não se tem uma política pública para combater as drogas no Brasil”, afirmou. Fernanda elogiou o presidente do Uruguai, que tem feito programas preventivos no seu País, e lamentou que apenas 5% dos inquéritos chegam ao final no País. (GS)

DROGAS II - Alberto Kopittke (PT) disse que o conceito da política da guerra as drogas é aumentar o numero de pessoas presas para diminuir os usuários de drogas. Kopittke disse que 40 milhões de pessoas estão presos por trafico de drogas no mundo. Segundo ele, até 2006 os usuário de drogas eram presos. O vereador não acredita que o Brasil é o País da impunidade. “O número de presos só sobe no Brasil”, destacou. (GS)

Texto: Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)

          Milton Gerson (reg.prof. 6539)
          Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)  
          Guga Stefanello (reg.prof. 12.315) 
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)