Plenário

Projeto nomeia dez ruas no Parque dos Maias

João Carlos Nedel  Foto: Ederson Nunes
João Carlos Nedel Foto: Ederson Nunes (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)
Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre o projeto de lei de autoria do vereador João Carlos Nedel (PP) que denomina dez ruas no Bairro Parque dos Maias. O vereador sugere os seguintes nomes: Rua Francisco Munhoz Dias, Rua Jurema Janete Santiago, Rua Elci Fernandes, Rua Isabel Vacari, Rua Brasília Luz de Souza, Rua Sueli Maria dos Santos, Rua Ernestor Moraes, Rua Leopoldina de Oliveira, Rua Santa Rosário Gonçalves, Rua Eva Terezinha dos Santos e Rua Rosângela Brufatto Luz,  para os logradouros não cadastrados conhecidos, respectivamente, como Rua Três Mil Cento e Quarenta e Nove, Rua Três Mil Cento e Cinquenta, três Mil Cento e Cinquenta e Um, Rua Três Mil Cento e Cinquenta e Dois, Rua Três Mil Cento e Cinquenta e Três, Rua Três Mil Cento e Cinquenta e Quatro, Rua Três Mil Cento e Cinquenta e Cinco, Rua Três Mil Cento e Cinquenta e Sete, Três Mil Cento e Cinquenta e Oito e Três Mil Cento e Sessenta. Conforme citou o vereador, as novas denominações de ruas homenageiam  moradores do bairro:

Francisco Munhoz Dias, um dos primeiros moradores do Parque dos Maias, era membro ativo da comunidade nas causas sociais por moradia. Esteve presente em várias resistências contra as sucessivas ações de despejo que ocorriam frequentemente com moradores daquela ocupação. Participou ativamente das negociações que resultaram na criação do Loteamento do Bosque.

Jurema Janete Santiago também era uma antiga moradora do Parque dos Maias e uma lutadora pelo direito à moradia. Entretanto, não se acomodou na busca do melhor para todos, continuando sua busca por melhorias em outras áreas que eram carentes no Bairro, como saúde e segurança. 

Engajado na luta por melhores políticas públicas e sociais, Elci Fernandes construiu um histórico pessoal de lutas pela comunidade. Seu ativismo remonta às lutas contra as sucessivas tentativas de despejo que sua comunidade enfrentava no bairro Parque dos Maias.

Isabel Conceição André Vacari foi uma das primeiras moradoras do Loteamento do Bosque. Conhecida lutadora por melhorias na saúde, foi monitora de crianças excepcionais em estado vegetativo. Era formada em pedagogia e coordenou o grupo de moradia do Plano Social de Habitação, responsável pela construção das casas no bairro.

Brasília Luz de Souza esteve ao lado de outros moradores do Bairro que lutaram pelo fornecimento de energia elétrica para as residências que, por quase um ano, sofreram pela falta do serviço. Também foi integrante da Comissão dos Terrenos, que viabilizou as moradias definitivas, que hoje formam o atual Loteamento do Bosque.

Depois de sair do Parque dos Maias, Sueli Maria Florêncio dos Santos instalou moradia no Loteamento do Bosque e, em pouco tempo, recomeçou sua luta por melhorias. Foi uma das fundadoras da Asmoloba. Uma lutadora pelo social, Sueli era uma mulher de garra. Criou seus filhos com muito sacrifício e dedicação, que também veio a reservar para os netos.

Nascido em Erechim, Ernesto Moraes era uma pessoa que colecionava elogios entre os moradores do Loteamento do Bosque. Foi, por seu incentivo moral e financeiro, que a comunidade conseguiu representatividade no Orçamento Participativo (OP). 

Natural de Porto Alegre, Leopoldina Amaral de Oliveira era moradora do Conjunto Residencial Parque dos Maias. Foi uma reconhecida lutadora pelo bem da comunidade, participando ativamente da luta por moradia.

Lutadora pelo bem comum dos moradores de sua comunidade, Santa Rosário Gonçalves Morales sempre esteve envolvida na luta por moradia. Conhecida de todos, era funcionária de uma escola e sabia das necessidades dos moradores da região. Destacou seu filho, Félix, também ativo no movimento, para viajar a Brasília como representante dos moradores do Parque dos Mais em reuniões de reivindicação por moradia ao governo federal.

Carinhosamente chamada pela comunidade de Tetê, Eva Terezinha de Almeida dos Santos também foi antiga moradora do Parque dos Maias e participativa dos movimentos contra as ameaças de despejo da população desse conjunto habitacional.

Uma das pioneiras do Loteamento do Bosque, Rosângela Brufatto Luz destacou-se na comunidade por sua luta na área da saúde. Dependente de tratamento hemodialítico, sabia muito bem das dificuldades de não se ter, ao menos, um posto de atendimento básico de saúde. Ainda que muito debilitada, Rosângela somou forças com a comunidade para uma maior representação de sua região no OP. 

Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)